sábado, 26 de fevereiro de 2011

Saiba mais sobre os direitos de transexuais em entrevista no canal do STF no YouTube

25/2/2011 15:05, Por Supremo Tribunal Federal

A entrevista que vai ao ar nesta sexta-feira (25) no canal do Supremo Tribunal Federal (STF) no Youtube aborda os direitos dos transexuais. Quem fala sobre o assunto é a professora de direito civil da Universidade de Brasília (UnB) Suzana Veigas.

No quadro “Saiba Mais”, ela explica o que é transexualidade e quais são as características de uma pessoa transexual. Além disso, a professora esclarece a diferença entre o indivíduo transexual, travesti, intersexual e hermafrodita.

Em 1971, foi realizada a primeira cirurgia para mudança de sexo, mas apenas em 1977 essa prática foi reconhecida como legal. A professora explica o motivo desse intervalo de tempo para o reconhecimento do direito e quais os requisitos exigidos desde 2002 para alguém se candidatar a uma intervenção cirúrgica de mudança de sexo. Ela também deixa claro o que um indivíduo precisa fazer para ser reconhecido legalmente com sua nova identidade após a operação.

Durante a entrevista, a professora de direito civil discute a proposta de um projeto de lei, em trâmite no Congresso Nacional, que visa permitir a alteração do prenome do indivíduo que se submete a uma cirurgia de mudança de sexo na certidão de nascimento.

A especialista revela ainda o papel do Judiciário no sentido de agilizar o julgamento de processos de pessoas que mudaram de sexo e pedem a alteração definitiva do nome. No Brasil, mais de 200 pessoas se submeteram à cirurgia de mudança de sexo nos últimos anos. A maioria ainda não conseguiu a mudança do nome.

Por fim, a entrevistada traça um panorama do posicionamento da justiça brasileira em relação ao casamento de transexuais.

O vídeo está disponível em www.youtube.com/stf.

AP/RR


Porque bons exemplos não têm gênero V.

Transexuais são contratados como aeromoças pela primeira vez na Tailândia.

Companhia aérea contrata aeromoças transexuais na Tailândia. Empresa afirma querer se distinguir das competidoras. Beleza e feminilidade são requisitos para contratar as comissárias.

A empresa diz que as qualificações são as mesmas pedidas para as aeromoças mulheres, o que inclui feminilidade e beleza.

Agencia EFE

Bangcoc, 28 jan (EFE).- A nova companhia aérea tailandesa de baixo custo PC Air se tornou a primeira do país a contratar transexuais para exercer a função de aeromoças, classificando-os como "terceiro sexo" para as autoridades de imigração.

Após dezenas de aspirantes apresentarem-se nesta semana para as entrevistas, três foram contratados e serão treinados por mulheres antes de iniciarem suas atividades, informou o diário local "The Nation".
Entre as novas aeromoças está Thanyarat Jiraphatpakorn, que em 2007 foi eleita "Miss Tiffany" no concurso internacional de beleza para transexuais que é realizado todos os anos na localidade litorânea de Pattaya, ao sul de Bangcoc.

A Tailândia tem a reputação de ser tolerante em relação aos transexuais, que por sua vez denunciam que continuam a sofrer perseguições.

Um filme que denuncia esta discriminação foi recentemente proibido pela censura sob o argumento de ter conteúdo pornográfico.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Juiz argentino autoriza transhomem a mudar o nome no documento de identidade

2011-02-20 08:55

Em uma decisão inédita na Argentina, o transhomem Blas R. obtém autorização para mudar o nome no documento de identidade sem obrigá-lo a se submeter a perícias médicas ou psicológicas, tendo garantido seu direito de optar por uma cirurgia parcial em um lugar adequado para o cuidado de sua saúde.

O juiz Roberto Gallardo tomou como base para a sua decisão o princípio de autonomia do demandante. O juiz cita pela primeira vez os Princípios de Yogyakarta, um conjunto de princípios internacionais de direitos humanos relacionado às questões de identidade de gênero e orientação sexual. Esta decisão de 29 de dezembro de 2010 inaugura jurisprudência e reforça a necessidade de uma lei que não obrigue a judicializar a história de vida, de modo que todos possam ser quem são em todos os âmbitos.

Leia o depoimento completo de Blas, clicando aqui: www.pagina12.com.ar/imprimir/diario/suplementos/soy/1-1793-2011-01-14.html

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Benefício Trans - Empresas pagam pela cirurgia de mudança de sexo a seus funcionários nos EUA

Terça-feira, 22 de Fevereiro de 2011

por Redação MundoMais

Perder um bom empregado ou pagar pela sua cirurgia de mudança de sexo? Essa foi uma dúvida que perseguiu grandes empresas americanas durante muitos anos.

De uns cinco anos para cá, as coisas mudaram. E hoje, grandes companhias, como Coca-Cola, Yahoo, American Express e AT&T estão expandindo a cobertura do seguro-saúde para atender empregados que necessitam mudar de sexo, já que uma cirurgia desse tipo custa $75 mil dólares (aproximadamente R$125 mil).

Gina Duncan foi uma das primeiras funcionárias do banco Wells Fargo a aproveitar os benefícios oferecidos pelo patrão. Ela hoje tem 55 anos e ainda trabalha no banco. O Wells Fargo incluiu o aumento da mama e a reconstrução genital entre as despesas cobertas pelo plano de saúde de seus empregados.Ela é muito grata aos patrões: Escuto tantas histórias de pessoas que eram como eu e que, por falta de apoio total, perderam a família, o emprego, os amigos e ficaram à margem da sociedade.

Diante da pergunta sobre quem tem direito ao benefício da cirurgia, uma executiva do banco esclareceu que a autorização dependerá de um diagnóstico médico. E só serão atendidas aquelas que realmente necessitarem de tratamento.

Mais empresas devem oferecer o benefício a partir deste ano, já que o Código de Igualdade Corporativa de 2011 da Human Rights Campaign vai exigir a inclusão da cirurgia de transgenitalização como um dos benefícios do seguro saúde dos funcionários. Algumas empresas demonstraram resistência com a medida, com medo de um prejuízo no orçamento, mas estimativas apontam que cada empresa de grande porte teria no máximo 3 funcionários transexuais que solicitariam o benefício.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Casarão Brasil promove debate sobre travestis e transexuais na terceira idade, em São Paulo

17.02.11

Divulgação

Acontecerá nesta sexta-feira (18) a partir das 18h no Casarão Brasil o debate “Travestis e Transexuais na terceira idade”. O evento contará com a participação dos psicólogos Carolina Rodrigues de Carvalho e Pedro Paulo Sammarco.

Sammarco é colunista da G Magazine e falou mais sobre o debate.

Objetivo

Discutir sobre transexuais e travestis da terceira idade e mostrar a situação em que público se encontra, falando sobre as dificuldades e direitos.

Público

Além de transexuais e travestis, o evento também é aberto ao público em geral, para todas as pessoas que querem ajudar e para todos os seguimentos que sabem das dificuldades encontradas por essas pessoas.

Convite

"Gostaria de convidar a todos que tiverem vontade de entender mais sobre o tema, porque ele mobiliza a sociedade em prol de um assunto que muitos nem conhecem. O debate vai ajudar a mostrar que essas pessoas existem, então todos são bem vindos".

O Casarão Brasil fica na Rua Frei Caneca, 1057, em São Paulo. Para saber mais acesse o site www.casaraobrasil.org.br ou ligue para 11 3171-3739.

Porque bons exemplos não têm gênero IV.

Transexual pode ser eleita para o parlamento espanhol.

Por Redação

16.02.11

Militante socialista que passou pelas prisões do regime franquista, Carla Antonelli deverá ser a primeira transexual eleita para o parlamento na Espanha, um país na vanguarda das leis à favor da comunidade LGBT. Antonelli é uma das favoritas do Partido socialista espanhol (PSOE) para ocupar uma vaga no parlamento regional de Madrid.

Na Espanha, já existem conselheiros municipais transexuais, mas Carla será a primeira em um parlamento caso seja eleita.

Nascida no regime ditatorial de Franco(1939-75) Antonelli foi como milhares de outras pessoas na ditadura, presa por causa de sua orientação sexual. A candidata ganhou fama, quando em 1980, participou de um documentário feito por um canal espanhol para a televisão. Nele, Antonelli critica a justiça, que na época ainda proibia que trangêneros mudassem de nome nos documentos.

Carla é ativista pelos direitos dos trangêneros desde 1977, e há 14 anos trabalha no PSOE, participando ativamente de todas as campanhas políticas do partido, porém só agora resolveu se candidatar a um cargo.

São Paulo: Alesp Aprova Projeto de Lei que que proibe Transfobia em Elevadores

17/02/2011:


A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o projeto de lei n. ° 455 de 2010, que proibe a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero nos elevadores. O Projeto altera a Lei Estadual nº 10.313, de 20 de maio de 1999, que proíbe “qualquer forma de discriminação em virtude de raça, sexo, cor, origem, condição social, idade, porte ou presença de deficiência ou doença não contagiosa por contato social”.

A lei prevê ainda em seu Artigo 3º que o aviso de não-discriminação deve aparecer nos elevadores de todo o Estado de São Paulo, comerciais, oficiais e residenciais, em forma de cartaz, placa ou plaqueta com a mensagem: “É vedada qualquer forma de discriminação em virtude de raça, sexo, cor, origem, orientação sexual, identidade de gênero, condição social, idade, porte ou presença de deficiência ou doença não contagiosa por contato social no acesso aos elevadores deste edifício.”

Em seu Artigo 4º, o projeto recomenda ainda que o governo estadual desenvolva “ações de cunho educativo” e de combate a todas essas discriminações. A autoria do texto é dos deputados estaduais Bruno Covas (PSDB) e Ricardo Montoro (PSDB), que dizem entender “que a alteração à legislação deve contemplar a vedação de toda e qualquer discriminação de orientação sexual e identidade de gênero de forma a assegurar o respeito aos direitos humanos, bem como coibir qualquer prática que possa obstá-los”.

Para entrar em vigor, o projeto de lei tem que ser sancionado pelo governador Geraldo Alckmin.

A lei nasceu de uma proposta apresentada aos deputados pelo Coordenador da Cads, Franco Reinaudo, e pelo advogado Gustavo Menezes .

Por: Bruna Raíza-educadora-SE

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

HC realiza uma cirurgia de troca de sexo por semana

Hospital é um dos quatro centros de referência do país para o atendimento a pacientes com diagnóstico da transexualidade

Fabiano Nunes

DIÁRIO SP
 
Fernanda Cirenza


Não há uma estatística oficial, mas, toda segunda-feira, um paciente entra no Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo para se submeter a um procedimento de adequação genital. Pode ser uma cirurgia de mudança de sexo (só de homens para mulheres, diferentemente das clínicas particulares) ou só um retoque. "Não temos mais fila de espera, como aconteceu há três anos, quando tínhamos 150 pessoas aguardando por cirurgia", diz Elaine Maria Frade Costa, médica responsável pelo Ambulatório de Transtorno de Identidade de Gênero e Orientação Sexual do hospital.

No momento, o HC atende cerca de 30 pessoas em processo para a cirurgia. "São três grupos de pacientes que estão sendo analisados or uma equipe multidisciplinar, de psicólogos a cirurgiões", diz Elaine, que também é supervisora do Serviço de Endocrinologia.

No consultório particular de Jalma Jurado, cirurgião plástico que começou a carreira no HC e virou especialista em construir vaginas e pênis, a expectativa é ainda maior. Só neste ano, ele deve realizar 70 cirurgias de mudança de sexo. "Estamos com a agenda lotada", afirma Neide dos Santos, braço direito de Jurado, que recebe seus pacientes em uma clínica instalada em Jundiaí, interior de São Paulo. "Aqui, eles têm total privacidade", ela diz.

Além do HC, o Brasil tem outros três centros de referência para o atendimentos a pessoas diagnosticadas com o distúrbio da transexualidade. Ou seja, que têm identidade de gênero diferente da de nascimento. Resumindo: homens que se sentem mulheres e mulheres que desejam ser homens. Eles funcionam em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Goiânia. Nesses locais, as cirurgias são feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). De 2008 a 2010 (levantamento mais recente), o órgão realizou 84 procedimentos do tipo. O SUS, entretanto, só oferece assistência a quem quer se submeter ao processo de mudança de sexo do masculino para o feminino.

Fora dos centros públicos ou universitários, as cirurgias de mudança do sexo feminino para o masculino é feita de forma experimental. "É uma cirurgia mais complicada, que deve ser realizada em etapas. Aqui, além de todo atendimento, fazemos as operações de retirada das mamas, do útero e dos ovários para mulheres que, na verdade, são homens, mas não construímos o pênis", diz Elaine.

Para se submeter a uma cirurgia de adequação genital, o interessado precisa passar por uma severa análise, feita por uma comissão multidisciplinar de médicos (psicólogo, psiquiatra, endocrinologista, urologista, ginecologista e, finalmente, o cirurgião plástico). Na prática, são dois anos de acompanhamento para ter a certeza do diagnóstico. Nos consultórios particulares, o procedimento é o mesmo.

Além disso, é preciso ser maior de 21 anos de idade e não ter problemas mentais. Todo esse cuidado é necessário para garantir que candidatos tenham total convicção da escolha. "Não é algo que dá para arriscar um arrependimento", adverte Elaine.

Indicação de profissional de psicologia em São Paulo.

Renata Garcia Lopez Perone

Psicóloga Clínica

CRP: 06/103153

Consultório situado na região da Av. Paulista.

Contato p/ interessad@s em sessões de psicoterapia: renata.perone@uol.com.br

Curriculum Lattes: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4443514Y5

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ariadna no Domingão do Faustão de ontem - 13/02/2011

Apesar desse site ser voltado para homens transexuais, é inegável que algumas questões são universais, como já comentamos aqui inúmeras vezes.

Visto isso, postamos abaixo a entrevista de Ariadna ontem ao apresentador Fausto Silva em seu programa dominical da Rede Globo.

A conversa foi curta, mas esclarecedora com a presença inclusive de uma psicóloga. Não foram usados termos pomposos, acadêmicos e explicações das mais mirabolantes pelo simples fato de que cada um precisa ter o mínimo de competência linguística para atingir de maneira eficaz o público alvo, na sua maioria leigo sobre o assunto, e que assiste o programa.





domingo, 13 de fevereiro de 2011

Inclusão feita com o uso de nome social


Norma permite a troca de nome de registro em documentos internos de escolas e universidades do Paraná. Movimento LGBT considera a medida um avanço

Publicado em 13/02/2011 Vanessa Prateano

Não chega a ser difícil encontrar quem não goste do próprio nome – por ser muito exótico, conservador ou até mesmo sem graça. Contudo, há casos em que não se trata de uma simples questão de “gostar”. O nome chega a causar dor, significando a negação da própria existência e levando, inclusive, à exclusão. “As pessoas me chamam de moça, de senhora, e, quando olham para mim, veem uma mulher”, conta Sabrina Mab Taborda, de 22 anos. “Mas, quando olham meus documentos, me tratam diferente. Passam a me tratar como homem, mesmo que diante delas esteja uma mulher”, completa a militante transexual.

Para Sabrina, assim como para outros transexuais e travestis, a luta contra a discriminação tem um nome: aquele que escolheram usar nas relações cotidianas, o chamado “nome social”. O direito ao nome de opção, e não ao que consta na certidão de nascimento, é uma das principais bandeiras do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). O nome social é considerado um dos maiores aliados no combate à evasão escolar de pessoas desse grupo, cujas chances de profissionalização se resumem muitas vezes à prostituição.

Registro de nascimento traz incômodo

A quem se pergunta como pode o nome de registro, escolhido pelos pais, causar tanto constrangimento, a resposta de quem vive ou convive com o problema é que o nome civil traz à tona uma situação incômoda – a de que a travesti ou transexual não é o que ela tem a convicção de ser. “Ser transexual ou travesti não é uma escolha. Esse sentimento de pertencer a uma outra identidade vem desde a infância. Até que a pessoa assuma, é um longo caminho. Quando eu chamo por um nome masculino alguém que lutou para se portar e vestir como mulher, eu estou negando todo esse processo e esse sofrimento”, analisa a psicóloga e membro do Conselho de Psicologia do Paraná, Carlesy Stamm.

Segundo a psicóloga, ao ouvir o nome de registro, muitos transexuais podem reviver o trauma de quando ainda lutavam para fazer a transformação, o que pode desencadear uma série de transtornos psicológicos, como depressão e tendências suicidas. A psicóloga afirma que, ao contrário do que se pensa, o nome social não é um capricho. “Essa pessoa precisa ser reconhecida, como qualquer indivíduo, e isso passa pelo nome. Não basta para ela estar bem consigo mesma. Ela vive em sociedade e precisa do respeito dela, afinal, ninguém quer ser invisível”. (VP)

Medida ainda é limitada

O parecer do Conselho Estadual de Educação (CEE) do Paraná, que permite o uso do nome social de transexuais e travestis em documentos internos de instituições de ensino, é considerado uma conquista pelo movimento LGBT e por educadores, mas ainda precisa avançar. No momento, a norma não enquadra professores, funcionários das escolas nem alunos menores de 18 anos. “Nossa luta é para que todos que fazem parte do ambiente escolar sejam contemplados. A medida não pode excluir, por exemplo, o professor, que deve ser respeitado pela classe e pelos colegas pelo que ele é. Também não podemos excluir os menores de 18 anos, até porque, com essa idade, muitos já abandonaram a escola”, diz a responsável pela Secretaria de Gênero e Raça do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná, Lirani Maria Franco.

O professor e membro do CEE Arnaldo Vicente, relator do parecer, concorda que é preciso haver o debate sobre a inclusão de professores e funcionários, mas afirma que o pedido deve partir da própria classe. “O conselho só se manifesta quando provocado. Se os professores querem discutir o assunto, devem se mobilizar.” Sobre a inclusão de menores de 18 anos no parecer, Vicente afirma que ainda não há um entendimento jurídico sobre o tema, mas que o conselho está analisando o pedido dos pais de uma transexual de 16 anos do interior do estado. Caso o parecer seja favorável, pode balizar futuros pedidos feitos por menores de idade. (VP)

No Paraná, um parecer de 2010 do Conselho Estadual de Educação (CEE), de caráter normativo, dá aos transexuais e travestis maiores de 18 anos o direito de usar o nome social em documentos internos de escolas públicas e privadas e de universidades estaduais. A resolução vale apenas para documentos internos, como boletins e livros de chamada, não para certificados e diplomas. Essa é a primeira de outras medidas necessárias para combater a discriminação em sala de aula.

Adeus à escola

Para militantes e educadores, o constrangimento enfrentado na escola diante do uso do nome civil em chamadas é decisivo para o abandono da escola. Uma pesquisa inédita feita em 2010 pela professora Dayana Brunetto, em sua dissertação de mestrado “Carto­­­grafias da transexualidade: a experiência escolar e outros traumas”, para o Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), demonstra que a escola é o ambiente onde mais ocorrem traumas. Geralmente, os anos escolares coincidem com o período de transformação.

De acordo com Dayana, as chances de abandonar a escola são maiores quando a transformação se dá durante a vida escolar. A pesquisa mostrou que as pessoas que conseguiram terminar os estudos se assumiram mais tarde. Já aquelas que iniciaram a transformação durante esse período, via de regra, desistiram de estudar. “Não é uma relação de causa e efeito, mas é um elemento a ser considerado. Esses corpos são ambíguos, e a escola nunca soube lidar com a ambiguidade. Como ela não consegue ter esse controle, há a discriminação, como forma de negar aquela pessoa diferente, que acaba excluída.”

O caso de Sabrina é emblemático. Durante o ensino médio, ela ainda não havia iniciado a transformação, fazendo com que o período fosse “tranquilo”. No entanto, o sonho da faculdade foi interrompido em dezembro, durante a segunda fase do vestibular da UFPR, quando já havia se assumido. “O fiscal, mesmo vendo uma mu­­­lher na frente dele, e o ‘Sabri­­­na’ no RG, me chamou pelo nome de registro duas vezes. Aí, as pessoas me olharam, me senti humilhada e chorei na frente de todo mundo. Não passei”, conta.

Já Bruna Hartmann, 20 anos, foi um pouco mais adiante. Mas não muito. Entrou em Biologia na UFPR, em 2009, antes de assumir a nova identidade. Quando se transformou, vieram os comentários e o tratamento “diferente”, o que colaborou para que ela trancasse o curso no primeiro ano. “Quando pedi para ser chamada pelo nome social nos documentos, um antigo coordenador deu uma série de desculpas. Depois de insistir e chorar, acabei conseguindo fazer a carteirinha [de aluno]. Mas, quanto à chamada e ao edital de notas, depende da vontade de cada um [professor]”.

Este ano, Bruna pretende retomar os estudos e torce para que os novos colegas e os professores respeitem o nome que escolheu. “Só de não saberem meu nome de registro já é um grande alívio. Assim, eles não podem usá-lo contra mim para me ofender. Meu nome é Bruna, e eu quero ser chamada assim.”

Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1096173&tit=Inclusao-feita-com-o-uso-de-nome-social, por email, por colaborador.

Pesquisa do IP dissocia transexualidade e personalidade psicótica

Psicanalistas que se pautavam na teoria lacaniana desenvolvida nos anos 1950 associavam o transexualismo à personalidade psicótica. A perda da noção da realidade do corpo faria com que um homem se enxergasse mulher e vice-versa. Porém, uma pesquisa apresentada ao Instituto de Psicologia (IP) da USP aponta para um outro caminho. Segundo o estudo, a vontade de ser do sexo oposto não implica necessariamente uma patologia ou uma disfunção de percepção da aparência, mas uma singularidade de algumas pessoas.

O psicólogo Rafael Cossi, autor da pesquisa, trabalhou com diferentes noções da psicanálise lacaniana para tentar explicar por que algumas pessoas buscam viver suas vidas como se fossem do sexo oposto. Seu objetivo era contrapor o ponto de vista lacaniano mais corrente, que julgava que a psicose era condição para o transexualismo.

Funcionamento normal da mente
Baseando-se em seis biografias de pessoas transexuais, o pesquisador trabalhou quatro conceitos para explicar a condição de uma pessoa com esse perfil: o estágio do espelho; o verleugnung (do alemão, “renegação” ou “desmentido”); o semblante; e o sinthoma. Todos estão vinculados ao funcionamento comum da mente humana e, não se relacionando com a noção de verwerfung — condição psicótica que, traduzida do alemão, significa “rejeição”.

O estágio do espelho está relacionado à formação inicial do ego da pessoa. Segundo Cossi, é nessa fase que a mente forma uma imagem antecipada do corpo, mesmo que não exista uma noção totalizante de como ele é. No caso de transexuais, há momentos, no início da vida, em que a criança percebe que o tratamento que ela recebe do outro não é, sob o seu ponto de vista, coerente com o seu sexo. “O comportamento e a atitude de outras pessoas, neste momento precoce da vida, contribuem para moldar o psiquismo de cada um. Às vezes, há hesitações por parte do outro, não confirmando para a criança que ela pertence ao sexo que o seu corpo indica”, explica o psicólogo.

A noção de verleugnung implica negar a presença de algo, mesmo reconhecendo sua existência. No transexualismo, a pessoa tenderia a desmentir sua realidade física. “O transexual não alucina que seu corpo é o do outro sexo. Ele o reconhece de fato como é, mas nega isso e recorre à realização de intervenções hormonocirúrgicas, como meio de adequar sua anatomia à sua identidade sexual”, diz Cossi. O semblante, terceiro conceito que o autor sustenta, diz respeito à noção de aparência. “O transexual faz o semblante de que existem personalidades masculina e feminina claramente definidas e incorpora rigidamente uma delas. Por meio dessa atitude, o transexual quer se mostrar como uma mulher legítima presa em um corpo de um homem ou vice-versa. A encarnação deste estereótipo é condição fundamental para que o transexual possa ser reconhecido como tal e lhe seja permitido realizar a cirurgia de mudança de sexo”, aponta o pesquisador.

Por fim, segundo Cossi, o conceito de nome sinthoma é útil porque reconfigura, a partir dos anos 1970, a clínica psicanalítica lacaniana, esvaziando seu caráter patologizante. O psicólogo diz que os casos de transexualismo não devem ser encaixados automaticamente em padrões que, inevitavelmente, condenam os sujeitos que não se enquadram no modelo heterossexual ao campo da patologia. “Devem ser estudadas as peculiaridades das pessoas e conduzir tratamentos específicos em direção à singularidade de cada um.”

Cirurgia plástica
Tratar o transexualismo como uma singularidade de cada pessoa, segundo Cossi, é entender a personalidade de cada uma delas e fugir dos estereótipos. “Transexual não é apenas a pessoa que solicita a cirurgia de mudança de sexo. Há homens que vivem como mulheres e mulheres que vivem como homens mesmo com o órgão sexual oposto. Eles lidam bem com isso e sentem que não precisam fazer a cirurgia. Para muitos deles, sua redesignação civil, a mudança de nome, já lhes é suficiente, assim como o reconhecimento e o respeito do outro.”

Fonte:
http://www4.usp.br/index.php/saude/20786-pesquisa-do-ip-dissocia-transexualidade-e-personalidade-psicotica

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estudo revela diferenças nos cérebros de transexuais

Pesquisadores espanhois anunciaram a descoberta de diferenças no cérebro de pessoas transexuais. Em um artigo publicado na revista "New Scientist", estudiosos da Universidade Nacional de Educação a Distância de Madri revelaram resultados de varreduras feitas nos cérebros de 18 homens transexuais que ainda não haviam começado tratamentos com hormônios.

Os dados foram comparados com os de 24 homens e 19 mulheres, apontando que os transexuais têm massa encefálica branca nos mesmos pontos que os homens.

O estudo, tido como o primeiro a revelar uma masculinização cerebral em transexuais masculinos, pode vir a ajudar médicos a identificar a transexualidade ainda na infância. Isso daria condições para a descoberta do melhor tratamento a ser aplicado, além de barrar as mudanças físicas típicas da puberdade.


Fonte: http://mixbrasil.uol.com.br/noticias/estudo-revela-diferencas-nos-cerebros-de-transexuais.html

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

SSEXBBOX

O que é "normal"? O que é sexualmente "correto"? Monogamia? Homossexualidade? Transgender? Queer? Que tal menos medos, pré-conceitos, recalques e uma converesa mais direta sobre sexualidade?!

SSEX BBOX - uma conversa sobre tudo o que você mais tem medo de perguntar ou sequer imaginou.

São Paulo, Berlim, Barcelona, São Francisco - pessoas diferentes, vivências singulares, várias facetas da sexualidade.

Conheça, divulgue, participe, transforme, ouse.



You tube: http://www.youtube.com/watch?v=x_LBB9-VNyI&feature=player_embedded

Vimeo: http://www.vimeo.com/19601583

Facebook: http://www.facebook.com/home.php#!/pages/SSEX-BBOX/145951285450724

Twitter: http://twitter.com/SSEXBBOX#

Site: http://www.ssexbbox.com/

TV Verdade - Programa mostra como se faz uma cirurgia de "mudança de sexo"


"19 de janeiro de 2011

O TV Verdade está polêmico e vai causar discussão entre os mineiros, dos conservadores até os mais liberais. O programa mostra como se faz uma cirurgia de mudança de sexo e ainda revela o drama de uma jovem, que nasceu homem, mas no corpo de uma mulher
."


Fonte: Idem link acima.

OBS: Os vídeos estão disponíveis no link acima, uma vez que não havia código para disponibilizá-los aqui.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Transexualidade e Travestilidade em Diferentes Olhares - Atividade em Comemoração ao Dia Nacional de Visibilidade Trans


Repassando:

"Transexualidade e Travestilidade em Diferentes Olhares

Na próxima sexta-feira, 4 de fevereiro, às 15h30, a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, promove o evento “Versos Diversos - Diferentes Olhares para a Diversidade Sexual” para festejar o Dia Nacional de Visibilidade de Travestis e Transexuais, comemorado anualmente em 29 de janeiro. O encontro acontecerá na Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, localizada no Páteo do Colégio, 148,
Centro.

Estarão reunidos profissionais de diversas áreas do conhecimento, entre eles, Reynaldo Mapelli Júnior – Promotor de Justiça, coordenador da Área de Saúde Pública do Ministério Público, João Silvério Trevisan – jornalista, escritor e um dos fundadores do movimento LGBT brasileiro, Klecius Borges – psicólogo e escritor, Brunna Valin – coordenadora do Fórum Paulista de Travestis e Transexuais, e Soninha Francine – jornalista e apresentadora de TV, que participará como mediadora do
debate.

Os palestrantes discutirão as diferentes perspectivas sobre a diversidade sexual, com enfoque nas questões atinentes à população de travestis e transexuais, a partir de leitura de textos literários e científicos,músicas e apresentação teatral. Também, debaterão sobre o Decreto Estadual n° 55.588/2010, que assegura o direito de travestis e transexuais utilizarem o seu nome social nos serviços prestados pelo
Governo do Estado. Também participarão do evento Eloisa de Sousa Arruda, Secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, e Dimitri Sales, Coordenador de Políticas para a Diversidade Sexual.

Como parte integrante do evento, será exibida a peça “Nada Fica”, criada a partir do texto de Fernando Pessoa. O espetáculo apresentado pelo Instituto Omindaré tem a direção de Regina Papini e contará com as atrizes Rafaely Drumond e Alcione Carvalho. Também, serão entoadas músicas pela cantora Renata Perón, drag queen e militante do movimento de travestis.

Coordenação de Política para Diversidade Sexual

Criada em fevereiro de 2009, a Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo tem como principal atribuição defender os direitos da população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. O órgão também promove, elabora, coordena, desenvolve e acompanha programas, projetos e atividades destinadas à promoção da cidadania LGBT, enfrentamento à homofobia e ao respeito à
orientação sexual e identidade de gênero de cada cidadão.

Veja programação:

4 de fevereiro de 2001
“Versos Diversos - Diferentes Olhares para a Diversidade Sexual”.

15h30 – Abertura Solene
Dra. Eloisa de Sousa Arruda – Secretária da Justiça e da Defesa da
Cidadania
Dimitri Sales – Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual

16h – Composição da Roda de Debates
Reynaldo Mapelli Júnior – Ministério Público do Estado de São Paulo
Klecius Borges – Psicólogo
João Silvério Trevisan – Escritor
Bruna Valin – Fórum Paulista de Travestis e Transexuais
Soninha Francine – Jornalista (Mediadora)

Apresentação Teatral
“Nada Fica”, texto de Fernando Pessoa.
Direção: Regina Papini
Elenco: Rafaely Drumond e Alcione Carvalho

Apresentação Musical
Renata Perón

Serviço
“Versos Diversos - Diferentes Olhares para a Diversidade Sexual”
Data: 4 de Fevereiro de 2011
Horário: 15h30
Local: Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Endereço: Páteo do Colégio, 148, Centro – SP
"

Fonte: Por email, por colaboradora.