Passado não se apaga. Por mais que se renegue uma vivência anterior, ela existirá sempre. Notem que não estou dizendo que se deve viver o passado, mas reconhecer que ele existe, e aprender a trabalhar com ele. Até porque não nascemos por geração espontânea, brotando no hoje como desejaríamos que fosse.
Por que disso?
Porque temos uma experiência feminina prévia, não interessando aqui a princípio se ela foi dolorida e não querida, e sim apenas o fato dela existir em nossas vidas de alguma forma. E da mesma forma que o masculino em nós habita, ela também estará sempre lá, devendo ser aceita, respeitada e porque não, amada.
Isso não quer dizer que devemos nos tornar homens "afeminados", por exemplo, mas sim que o lado masculino e feminino existe em todo ser humano independente de raça, gênero, classe social, credo e afins. E me atrevo a dizer, em tudo que está ao nosso redor, como energia.
Por que disso?
Porque temos uma experiência feminina prévia, não interessando aqui a princípio se ela foi dolorida e não querida, e sim apenas o fato dela existir em nossas vidas de alguma forma. E da mesma forma que o masculino em nós habita, ela também estará sempre lá, devendo ser aceita, respeitada e porque não, amada.
Isso não quer dizer que devemos nos tornar homens "afeminados", por exemplo, mas sim que o lado masculino e feminino existe em todo ser humano independente de raça, gênero, classe social, credo e afins. E me atrevo a dizer, em tudo que está ao nosso redor, como energia.
Tão pouco significa que não se deve passar por toda a transição em busca de sentir-se mais confortável corporalmente. O que está sendo apontado aqui é tão somente o fato de que mesmo um homem transexual tem em si ambos os lados, masculino e feminino, como qualquer outro indivíduo.
Mesmo o mais machão quando diz que o seu lado feminino é lésbica, está naquele momento reconhecendo a existência dele, ainda que não consciente e em tom de brincadeira. E estou me referindo aqui ao homem biológico, xy.
A questão é que renegar um passado, uma vivência não traz benefício algum, ao contrário traz um fantasma que ficará sufocado, mas que pode, em algum momento se fazer presente. Mas como lidar com isso?
Aprendendo a trabalhar, a aceitar e incorporar esse feminino no presente, sabendo que isso não significa ser menos ou mais masculino, mas apenas que ambos os lados existem e podem conviver muito bem junto e integrados.
A diferença reside na identificação com o ser masculino ou feminino e na intensidade dessa identificação. Percebemo-nos mais masculinos, no caso, que femininos, mas sabendo que esse feminino existe sim inegavelmente.
Os mais antigos vão se lembrar de uma música de Pepeu Gomes onde ele cantava que “ser um homem feminino não fere o meu lado masculino.” Isso não quer dizer que ele é homossexual, ou está em dúvida quanto sua sexualidade, mas apenas que sabe incorporar o ser feminino dentro da sua vivência masculina.
Mas por que isso é importante?
Porque além de termos ambos os lados, tivemos um experiência de fato e de direito com o ser feminino, com o seu sentir, com a sua construção, inclusive de maneira corporal, que no entanto não invalidou a identificação com o masculino da forma mais visceral. Visto isso não há motivo para renegá-lo, e sim motivos de sobra para incorporá-lo e fazer as pazes com esse passado.
Mesmo o mais machão quando diz que o seu lado feminino é lésbica, está naquele momento reconhecendo a existência dele, ainda que não consciente e em tom de brincadeira. E estou me referindo aqui ao homem biológico, xy.
A questão é que renegar um passado, uma vivência não traz benefício algum, ao contrário traz um fantasma que ficará sufocado, mas que pode, em algum momento se fazer presente. Mas como lidar com isso?
Aprendendo a trabalhar, a aceitar e incorporar esse feminino no presente, sabendo que isso não significa ser menos ou mais masculino, mas apenas que ambos os lados existem e podem conviver muito bem junto e integrados.
A diferença reside na identificação com o ser masculino ou feminino e na intensidade dessa identificação. Percebemo-nos mais masculinos, no caso, que femininos, mas sabendo que esse feminino existe sim inegavelmente.
Os mais antigos vão se lembrar de uma música de Pepeu Gomes onde ele cantava que “ser um homem feminino não fere o meu lado masculino.” Isso não quer dizer que ele é homossexual, ou está em dúvida quanto sua sexualidade, mas apenas que sabe incorporar o ser feminino dentro da sua vivência masculina.
Mas por que isso é importante?
Porque além de termos ambos os lados, tivemos um experiência de fato e de direito com o ser feminino, com o seu sentir, com a sua construção, inclusive de maneira corporal, que no entanto não invalidou a identificação com o masculino da forma mais visceral. Visto isso não há motivo para renegá-lo, e sim motivos de sobra para incorporá-lo e fazer as pazes com esse passado.
“Dói muito, não quero lembrar.”
Sim, mexer com feridas dói, mas será que essa é sua única ferida? Provavelmente não. Todos passamos por inúmeras jornadas ao longo da nossa caminhada de vida, independente de ser transexual ou azul com bolinhas verdes; todos passam por momentos doloridos, e que quando superados de forma efetiva nos possibilitam um aprendizado enorme, e não mais uma dor que não some.
Proponho um exercício simples e inofensivo: faça uma lista das características dela, do seu feminino que você gostaria de manter, e o que você não gostaria. Procure trabalhar o que não parece tão interessante, e incorporar o que é benéfico a você, como ser humano inteiro que é, independente de ser homem ou mulher.
Não há problema algum em ser um homem intuitivo, que chora, sensível e que sabe também trocar um chuveiro, jogar futebol ou farrear com os amigos, por exemplo, me valendo aqui de características notoriamente tidas como femininas ou masculinas.
Uma existência não invalida a outra, nem a diminui, mas a amplia e efetiva. Acima de ser transexual, ou não, o mais importante é viver em paz, buscando sempre um estado de integralidade, de união, de amor com si mesmo. E esse apaziguamento pessoal se expandirá ao seu redor de forma concreta, proporcionando mais felicidade e harmonia.
Respeite e aceite o belo mundo que existe em si mesmo, e acima de tudo ame incondicionalmente quem você é, permitindo – se assim ser tudo que você pode ser.
Sim, mexer com feridas dói, mas será que essa é sua única ferida? Provavelmente não. Todos passamos por inúmeras jornadas ao longo da nossa caminhada de vida, independente de ser transexual ou azul com bolinhas verdes; todos passam por momentos doloridos, e que quando superados de forma efetiva nos possibilitam um aprendizado enorme, e não mais uma dor que não some.
Proponho um exercício simples e inofensivo: faça uma lista das características dela, do seu feminino que você gostaria de manter, e o que você não gostaria. Procure trabalhar o que não parece tão interessante, e incorporar o que é benéfico a você, como ser humano inteiro que é, independente de ser homem ou mulher.
Não há problema algum em ser um homem intuitivo, que chora, sensível e que sabe também trocar um chuveiro, jogar futebol ou farrear com os amigos, por exemplo, me valendo aqui de características notoriamente tidas como femininas ou masculinas.
Uma existência não invalida a outra, nem a diminui, mas a amplia e efetiva. Acima de ser transexual, ou não, o mais importante é viver em paz, buscando sempre um estado de integralidade, de união, de amor com si mesmo. E esse apaziguamento pessoal se expandirá ao seu redor de forma concreta, proporcionando mais felicidade e harmonia.
Respeite e aceite o belo mundo que existe em si mesmo, e acima de tudo ame incondicionalmente quem você é, permitindo – se assim ser tudo que você pode ser.
Obs: Meu agradecimento às mulheres da minha vida, passadas e presentes, que de formas distintas ensinam-me sobre fortaleza, caráter, compaixão, intuição e amor. E além ao feminino que em mim habita, que para além da dor e das tristezas, humildemente permitiu que eu fosse gerado, para que hoje eu pudesse ser quem sou.
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