10/03/2010 - 11h22
Por : Andre Fischer
Cineasta alemã apresenta conjunto de filmes sobre identidade de gênero
Começa nesta quarta-feira, 10, no CCBB de São Paulo, a mostra Monika Treut-Guerreira das Imagens.
Um dos ícones da produção independente alemã e da militância cinematográfica LGBT está em São Paulo para apresentar retrospectiva de seus filmes. Depois de bem sucedida mostra no CCBB do Rio de Janeiro, Monika Treut chega disposta a trocar impressões com o público, prática que realiza com plateias ao redor do mundo e que considera esponjas de ideias para novos trabalhos. “ È um processo rejuvenescedor” acredita a cineasta.
É a terceira vez que Treut vem ao Brasil. A primeira foi para apresentar Generonautas, documentário sobre homens transexuais que fez parte da programação do Festival MixBrasil em 1999 e teve grande repercussão ao mostrar pela primeira vez no país a realidade de mulheres que mudaram de sexo. Naquela visita conheceu o grupo Yvonne Bezerra de Mello, da ONG Uerê, tema de seu documentário Guerreira da Luz.
A maioria de seus filmes versa sobre a identidade de gênero e oferecem um olhar bastante peculiar sobretudo sobre lésbicas e transexuais em diversas culturas. “Acho que é pelo fato de ser alemã e por isso muito cerebral”, aposta. Seu próximo projeto no entanto passa longe da questão da discussão sobre gênero. Esse ano deve rodar um novo documentário a ser rodado em Taiwan, um road movie sobre a rica culinária local. Será o quarto trabalho no país, por cuja cultura se diz apaixonada.
Além disso prepara um livro sobre sua trajetória. “Não gosto muito da ideia, prefiro olhar para frente”.
Em conversa com MixBrasil, Monika disse que acredita que a comunidade lésbica daqui tem autoestima maior e é melhor inserida na sociedade do que na maioria dos países que já visitou. Exceção feita aos EUA e a sua Alemanha, onde elas ganharam visibilidade imensa nos últimos 10 anos por conta de figuras públicas que se assumiram e permitiram que as mulheres lésbicas tivessem modelos de comportamento.
Sobre o prefeito de Hamburgo Ole von Beus, afirma que apenas há pouco tempo decidiu participar da Parada Gay e apoiar a causa, apesar de ter se assumido homossexual no começo de seu primeiro mandato. A maioria dos filmes de Monika conta com financiamento do Fundo de Cinema da cidade-estado alemã, conhecida por seu animado Red Light District.
Entre suas novas paixões está a fotografia. “Não viajo mais com minha filmadora, pois me deixava muito preso. Estou aqui com minha câmera fotográfica que me dá mais liberdade”. Vamos esperar para ver como ela nos retrata.
Monika Treut – Guerreira das Imagens
10 a 21 de março sessões de 2ª a 6ª às 17h e 19h, sábados e domingos 14h, 16h e 18h
entrada franca CCBB SP (Rua Álvares Penteado, 112 - Centro de São Paulo)
Fonte: http://mixbrasil.uol.com.br/cultura-gls/militante-da-diversidade-cineasta-monika-treut-apresenta-retrospectiva-de-trabalhos-em-sp.html e http://www.youtube.com/watch?v=aPkeqCt6OR0
NAB: Grifo nosso.
Por : Andre Fischer
Cineasta alemã apresenta conjunto de filmes sobre identidade de gênero
Começa nesta quarta-feira, 10, no CCBB de São Paulo, a mostra Monika Treut-Guerreira das Imagens.
Um dos ícones da produção independente alemã e da militância cinematográfica LGBT está em São Paulo para apresentar retrospectiva de seus filmes. Depois de bem sucedida mostra no CCBB do Rio de Janeiro, Monika Treut chega disposta a trocar impressões com o público, prática que realiza com plateias ao redor do mundo e que considera esponjas de ideias para novos trabalhos. “ È um processo rejuvenescedor” acredita a cineasta.
É a terceira vez que Treut vem ao Brasil. A primeira foi para apresentar Generonautas, documentário sobre homens transexuais que fez parte da programação do Festival MixBrasil em 1999 e teve grande repercussão ao mostrar pela primeira vez no país a realidade de mulheres que mudaram de sexo. Naquela visita conheceu o grupo Yvonne Bezerra de Mello, da ONG Uerê, tema de seu documentário Guerreira da Luz.
A maioria de seus filmes versa sobre a identidade de gênero e oferecem um olhar bastante peculiar sobretudo sobre lésbicas e transexuais em diversas culturas. “Acho que é pelo fato de ser alemã e por isso muito cerebral”, aposta. Seu próximo projeto no entanto passa longe da questão da discussão sobre gênero. Esse ano deve rodar um novo documentário a ser rodado em Taiwan, um road movie sobre a rica culinária local. Será o quarto trabalho no país, por cuja cultura se diz apaixonada.
Além disso prepara um livro sobre sua trajetória. “Não gosto muito da ideia, prefiro olhar para frente”.
Em conversa com MixBrasil, Monika disse que acredita que a comunidade lésbica daqui tem autoestima maior e é melhor inserida na sociedade do que na maioria dos países que já visitou. Exceção feita aos EUA e a sua Alemanha, onde elas ganharam visibilidade imensa nos últimos 10 anos por conta de figuras públicas que se assumiram e permitiram que as mulheres lésbicas tivessem modelos de comportamento.
Sobre o prefeito de Hamburgo Ole von Beus, afirma que apenas há pouco tempo decidiu participar da Parada Gay e apoiar a causa, apesar de ter se assumido homossexual no começo de seu primeiro mandato. A maioria dos filmes de Monika conta com financiamento do Fundo de Cinema da cidade-estado alemã, conhecida por seu animado Red Light District.
Entre suas novas paixões está a fotografia. “Não viajo mais com minha filmadora, pois me deixava muito preso. Estou aqui com minha câmera fotográfica que me dá mais liberdade”. Vamos esperar para ver como ela nos retrata.
Monika Treut – Guerreira das Imagens
10 a 21 de março sessões de 2ª a 6ª às 17h e 19h, sábados e domingos 14h, 16h e 18h
entrada franca CCBB SP (Rua Álvares Penteado, 112 - Centro de São Paulo)
Fonte: http://mixbrasil.uol.com.br/cultura-gls/militante-da-diversidade-cineasta-monika-treut-apresenta-retrospectiva-de-trabalhos-em-sp.html e http://www.youtube.com/watch?v=aPkeqCt6OR0
NAB: Grifo nosso.
Para maiores informações como horário e sinopses favor consultar http://www.bb.com.br/portalbb/page501,128,10163,0,0,1,1.bb?&codigoMenu=9899 .
Abaixo um "trailler" de Gendernauts.
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