16.11.09
Ditadura Gay
por Antonio Prata, Seção: Crônica do Metrópole
“Você é a favor da aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra homossexuais?” Desde que a enquete apareceu no site do senado, faz umas semanas, evangélicos de todo o país iniciaram uma cruzada via internet, pelo direito de ofender pessoas que namoram pessoas do mesmo sexo.
Uma senhora chamada Rosemeire, por exemplo, expondo num blog seu temor de que a lei seja aprovada, disse que vivíamos “O início da Ditadura Gay no mundo!”. Pelo que entendi, Rosemeire acredita que está em curso uma batalha global, travada entre héteros e homossexuais, pela hegemonia na Terra. Hoje, os héteros estão vencendo, mas é só porque têm amparo legal para chamar os gays de viadinhos, as lésbicas de sapatonas e rir das piadas do Juca Chaves. No momento em que passarem a punir quem ofender pessoas que namoram pessoas do mesmo sexo, elas perceberão que chegou a hora, sairão todas correndo da The Week e tomarão o poder.
Imagine só, Rosemeire? Criancinhas terão de cantar Village People, na escola, enquanto assistem ao hasteamento da bandeira do arco-íris. Aos domingos, em vez de futebol, as TVs transmitirão Holiday on Ice e, com dezoito anos, os jovens serão obrigados a alistar-se no exército, fazer flexões de braço, dormir e tomar banho, uns na frente dos outros. Que horror!
Se você acha que Rosemeire exagerou, é porque não leu o blog de Rozângela Justino, cristã, psicóloga e indignada: “Se este Projeto (...) for aprovado, estaremos institucionalizando em nosso país o sistema de castas e todos aqueles que não forem homossexuais serão considerados cidadãos de segunda classe.”
Uau, Rozângela! O mundo, então, seria governado pela casta das Drag Queens? Um advogado gay, de terno e cabelo curto, seria de uma casta intermediária? E lutadores do Ultimate Fighting, viveriam de esmolas? Bem, talvez não...
Quanta imaginação têm as duas mulheres. Se seus piores pesadelos fossem filmados, seria preciso unir o talento de um Fellini com o de um Clóvis Bornay; juntar, no mesmo caldeirão, George Orwell e Andy Warhol; vislumbrar as ruas de Nova Déli sendo percorridas pela banda de Ipanema.
Uma senhora chamada Rosemeire, por exemplo, expondo num blog seu temor de que a lei seja aprovada, disse que vivíamos “O início da Ditadura Gay no mundo!”. Pelo que entendi, Rosemeire acredita que está em curso uma batalha global, travada entre héteros e homossexuais, pela hegemonia na Terra. Hoje, os héteros estão vencendo, mas é só porque têm amparo legal para chamar os gays de viadinhos, as lésbicas de sapatonas e rir das piadas do Juca Chaves. No momento em que passarem a punir quem ofender pessoas que namoram pessoas do mesmo sexo, elas perceberão que chegou a hora, sairão todas correndo da The Week e tomarão o poder.
Imagine só, Rosemeire? Criancinhas terão de cantar Village People, na escola, enquanto assistem ao hasteamento da bandeira do arco-íris. Aos domingos, em vez de futebol, as TVs transmitirão Holiday on Ice e, com dezoito anos, os jovens serão obrigados a alistar-se no exército, fazer flexões de braço, dormir e tomar banho, uns na frente dos outros. Que horror!
Se você acha que Rosemeire exagerou, é porque não leu o blog de Rozângela Justino, cristã, psicóloga e indignada: “Se este Projeto (...) for aprovado, estaremos institucionalizando em nosso país o sistema de castas e todos aqueles que não forem homossexuais serão considerados cidadãos de segunda classe.”
Uau, Rozângela! O mundo, então, seria governado pela casta das Drag Queens? Um advogado gay, de terno e cabelo curto, seria de uma casta intermediária? E lutadores do Ultimate Fighting, viveriam de esmolas? Bem, talvez não...
Quanta imaginação têm as duas mulheres. Se seus piores pesadelos fossem filmados, seria preciso unir o talento de um Fellini com o de um Clóvis Bornay; juntar, no mesmo caldeirão, George Orwell e Andy Warhol; vislumbrar as ruas de Nova Déli sendo percorridas pela banda de Ipanema.
Se bem que... Sei lá. Pensando melhor, talvez o temor de Rosemeire e da Dra. Justino tenha algum fundamento. Veja o caso dos negros: há poucas décadas, todo mundo contava piada racista e eles eram cidadãos de segunda classe. Veio esse papo de igualdade, o que aconteceu? Um mulato chegou a presidente dos Estados Unidos!
A batalha racial já está perdida, mas a sexual ainda pode ser ganha! Basta ir ao http://www.senado.gov.br/agencia/default.aspx?mob=0, clicar em NÃO e mostrar a todos que ainda tem gente disposta a lutar por um mundo injusto, desigual e preconceituoso!
* VOTE NO ´SIM´!!!
Fonte: Em http://www.ogostodarosa.blogspot.com/ sobre http://blog.estadao.com.br/blog/antonioprata/?blog=83&c=1&page=1&more=1&title=ditadura_gay&tb=1&pb=1&disp=single
Obs: É válido ressaltar que o referido projeto não fala somente de homosexualidade, mas também prevê punição a discriminação por sexo e gênero. E ainda que não constasse, toda e qualquer tentativa de constranger, diminuir, ofender todo e qualquer ser humano, seja ele quem for, deve ser repreendida. Não se trata de impedir a livre expressão de ninguém, mas de MANTER a livre expressão e o respeito fundamental a dignidade humana, assegurado em nossa Carta Magna.
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