quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sobre Lea T.


Inúmeras pessoas enviaram links sobre Lea T., filha de um ex-jogador de futebol. Lea hoje é modelo na Itália.

Mas não vou postar aqui pelo simples fato de que não concordo como a mídia, na sua maioria, está expondo a situação. Li desde "travesti", até "o filho transexual Leo", sempre com tom pejorativo, quase sarcástico. Poucas reportagens sobre a situação valem a pena ser lidas.

Que diferença faz se ela, ou qualquer pessoa, é transexual, travesti, seja o que for? A maior parte das reportagens pouco menciona sua tragetória ou que ela hoje é uma profissional bem sucedida. Mais rapidamente focam no fato dela ser transexual e depois, filha de conhecido jogador de futebol, que também a meu ver, não significa nada demais.

Ok, ele é ex-jogador de futebol, reduto muitas vezes ainda tido como eminentemente machista, mas e daí? Muitos pais agem da mesma forma e podem ser docentes, médicos, enfim terem qualquer profissão não tipicamente machista.

A questão aqui é até quando as pessoas serão identificadas pelas suas ditas "diferenças" e não pela sua capacidade ou por quem são. Não vejo problema algum em ser transexual, muito pelo contrário, o que estou pontuando é que inúmeras vezes a mídia SÓ foca neste fato, em detrimento de outras possibilidades que o indivíduo possa ter, e ser, e que são dignas de serem mostradas.

Como postado anteriormente, somos todos semelhantes e as diferenças que trazemos deveriam ser fator de união e celebração, e não servir de fomento a possíveis preconceitos ou discriminações.

Desculpem o desabafo, mas eu não sou daqueles que vai concordar que é preciso categorizar e rotular seres humanos. Antes é preciso aprendermos a sermos genuinamente humanos para depois pensarmos em outras situações.

No mais da situação, que ela e todos nós, sejamos felizes em nossas vidas e tenhamos uma jornada cada vez mais próspera, bem sucedida e harmônica, seja quem for, como for e onde for.

Um comentário:

  1. É verdade. A mídia sempre prefere focar o lado irônico e pejorativo, nunca o lado profissional de uma bem sucedida carreira internacional. Mas li um post EXCELENTE sobre Lea T, escrito por uma filósofa transexual. Vale a pena dar uma olhada, é simplismente genial. http://t.co/lbnOfXp

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