A opração é realizada gratuitamente em um hospital, sendo no entanto necessário autorização judicial para fazê-la. O processo para conseguir a autorização pode levar cerca de 3 anos.
Clarín / Diário Transexual - Na Argentina ainda não existe legislação específica a favor dos transexuais, que ficam a espera de um ordem judicial para realizar a cirurgia de readequação, bem como para retificar sua documentação, que só é permitida após a cirurgia transgenital. A exceção fica por conta de quatros casos, onde juízes mais liberais permitiram a alteração documental. Sofrem por estar em um corpo que não lhes pertence. Alguns se sentem como homens, mas têm genitais femininos. Outras pessoas se percebem como mulheres, ainda que possuam genitais masculinos. Trata-se de uma inadequação que surge na infância, e acaba por gerar ansiedade, depressão, discriminação e isolamento social. A saída para essa questão, conhecida como disforia de gênero, é uma cirurgia de readequação sexual.
Na Argentina existem 52 transexuais esperando a autorização judicial que permitirá realizar a readequação sexual. Na etapa anterior do diagnóstico, que incluí acompanhamento e tratamento hormonal, encontram-se 200 pessoas atendidas no hospital Durand. No total do tratamento, entre o diagnóstico e a cirurgia, podem se passar cerca de três anos.
"A espera se deve ao fato da cirurgia ainda não ser reconhecida como uma prática médica habitual", contou ao Clarín o urologista e cirurgião César Fidalgo, do hospital Ricardo Guitierrez em La Plata, que foi um dos primeiros médicos a realizarem um cirurgia de readequação sexual na Argentina. Entretanto, rege a lei de exercício da medicina, aprovada em 1967, que impede o médico de "realizar cirurgias que modifiquem o sexo do paciente, salvo com autorização judicial prévia." Nas décadas seguintes, diversos juízes negaram provimento ao pedido daqueles que desejavam se submeter a cirurgia. Várias pessoas acabaram indo ao Chile para realizá-la. Mas tudo começou a se modificar em 26 de agosto de 1977, quando depois de uma espera de 7 anos pelo autorização, Juana Luffi foi operada. Passou a ter uma neovagina, construída a partir do teceido peniano.
Desde então, outras 17 pessoas passaram pela cirurgia de readequação sexual no hospital de La Plata, onde a cirurgia é gratuita. Segundo Fidalgo, treze dessas pessoas passaram a ter genitais femininos e outras cinco a ter genitais masculinos.
Mas conseguir o aval da justiça ainda não é fácil. Existem alguns que esperam a autorização judicial há mais de três anos. Entre os que reclamam está Carolina C., 44anos, nascida em Mendoza, que semana passada entrou com processo para que a cirurgia seja custeada em caráter particular. Outros que fazem a cirurgia fora do país, como Maria Julieta de Gualeguaychú, não conseguem retificar seus documentos.
Diante dessas dificuldades, a Federação Agentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (FALGBT) e a Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros da Argentina (ATTA) têm algumas demandas. "Apresentamos um projetode lei ao Congresso que para o tratamento, o que incluí a cirurgia, não dependa da autorização de um juíz e seja coberta também por seguros e planos de saúde."
"Não se trata de um modismo - opinou Alejandra Portadino, que foi operada em 2005 e é engenheira e defensora dos direitos humanos. Sentir-se em um corpo errado é um mal estar que pode levar até ao suicídio. Precisamos superar as barreiras do acesso a cirurgia e ao acompanhamento psicológico, do desconhecimento de alguns profissionais de saúde que confundem disforia de gênero com transtornos psiquiatricos e a descriminação no trabalho. A idoneidade das pessoas não está diminuida por conta da disforia de gênero."
Fonte: http://www.carlaantonelli.com/notis-19042010-lista-espera-argentina-para-cirugias-transexuales.htm
Clarín / Diário Transexual - Na Argentina ainda não existe legislação específica a favor dos transexuais, que ficam a espera de um ordem judicial para realizar a cirurgia de readequação, bem como para retificar sua documentação, que só é permitida após a cirurgia transgenital. A exceção fica por conta de quatros casos, onde juízes mais liberais permitiram a alteração documental. Sofrem por estar em um corpo que não lhes pertence. Alguns se sentem como homens, mas têm genitais femininos. Outras pessoas se percebem como mulheres, ainda que possuam genitais masculinos. Trata-se de uma inadequação que surge na infância, e acaba por gerar ansiedade, depressão, discriminação e isolamento social. A saída para essa questão, conhecida como disforia de gênero, é uma cirurgia de readequação sexual.
Na Argentina existem 52 transexuais esperando a autorização judicial que permitirá realizar a readequação sexual. Na etapa anterior do diagnóstico, que incluí acompanhamento e tratamento hormonal, encontram-se 200 pessoas atendidas no hospital Durand. No total do tratamento, entre o diagnóstico e a cirurgia, podem se passar cerca de três anos.
"A espera se deve ao fato da cirurgia ainda não ser reconhecida como uma prática médica habitual", contou ao Clarín o urologista e cirurgião César Fidalgo, do hospital Ricardo Guitierrez em La Plata, que foi um dos primeiros médicos a realizarem um cirurgia de readequação sexual na Argentina. Entretanto, rege a lei de exercício da medicina, aprovada em 1967, que impede o médico de "realizar cirurgias que modifiquem o sexo do paciente, salvo com autorização judicial prévia." Nas décadas seguintes, diversos juízes negaram provimento ao pedido daqueles que desejavam se submeter a cirurgia. Várias pessoas acabaram indo ao Chile para realizá-la. Mas tudo começou a se modificar em 26 de agosto de 1977, quando depois de uma espera de 7 anos pelo autorização, Juana Luffi foi operada. Passou a ter uma neovagina, construída a partir do teceido peniano.
Desde então, outras 17 pessoas passaram pela cirurgia de readequação sexual no hospital de La Plata, onde a cirurgia é gratuita. Segundo Fidalgo, treze dessas pessoas passaram a ter genitais femininos e outras cinco a ter genitais masculinos.
Mas conseguir o aval da justiça ainda não é fácil. Existem alguns que esperam a autorização judicial há mais de três anos. Entre os que reclamam está Carolina C., 44anos, nascida em Mendoza, que semana passada entrou com processo para que a cirurgia seja custeada em caráter particular. Outros que fazem a cirurgia fora do país, como Maria Julieta de Gualeguaychú, não conseguem retificar seus documentos.
Diante dessas dificuldades, a Federação Agentina de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis (FALGBT) e a Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros da Argentina (ATTA) têm algumas demandas. "Apresentamos um projetode lei ao Congresso que para o tratamento, o que incluí a cirurgia, não dependa da autorização de um juíz e seja coberta também por seguros e planos de saúde."
"Não se trata de um modismo - opinou Alejandra Portadino, que foi operada em 2005 e é engenheira e defensora dos direitos humanos. Sentir-se em um corpo errado é um mal estar que pode levar até ao suicídio. Precisamos superar as barreiras do acesso a cirurgia e ao acompanhamento psicológico, do desconhecimento de alguns profissionais de saúde que confundem disforia de gênero com transtornos psiquiatricos e a descriminação no trabalho. A idoneidade das pessoas não está diminuida por conta da disforia de gênero."
Fonte: http://www.carlaantonelli.com/notis-19042010-lista-espera-argentina-para-cirugias-transexuales.htm
Tradução: "Homer"
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