segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sistema endócrino I


Tanto se fala de hormônios, endocrinologista, exames de sangue e por aí vai, mas você sabe, ou tem idéia de como funciona nosso sistema endócrino?

Por mais que pareça chato, é importante saber o que é produzido no seu corpo, de onde vai, para onde vem e o que provoca. Quanto mais informação tivermos sobre onde estamos pisando, mais você pode questionar seu médico, e o principal, saber o que está ocorrendo com você.

Ajuda também a entender porque alterações ou desequilíbrios hormonais precisam de acompanhamento médico regular, uma vez que eles "dirigem" grande parte das funções corporais.

Por conta disso, segue abaixo artigo que fala do sistema endócrino de forma simples e clara, seguindo a linha do post anterior de que informação nunca é demais.

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Os sistemas de comunicação hormonais ampliam os sistemas de comunicação nervosos dentro do organismo. Os hormônios são moléculas químicas (peptídeos, proteínas ou esteróides) produzidas em uma parte do corpo que então viajam para fazer efeito em outra parte. Deste modo uma célula pode afetar outras células distantes. O sistema endócrino é um sistema refinado de verificações e equilíbrios em forma de circuitos realimentados que facilitam o funcionamento normal de todos os sistemas do organismo. Os hormônios podem ser produzidos e ter uma ação local ou podem ser produzidos em uma glândula endócrina e ter efeito em um local distante. As glândulas são unidades funcionais formadas de células que segregam hormônios, localizadas em várias regiões do corpo e que compõem o sistema endócrino. Cada glândula tem funções específicas que ajudam a manter o organismo interno em condições normais e a promover a sobrevivência do organismo. Embora haja alguns tecidos endócrinos espalhados, como no epitélio, há várias glândulas principais ou centros de controle dentro do sistema endócrino, dentre os quais incluem-se:

Pituitária

Anatomicamente e funcionalmente a pituitária pode ser dividida em três porções:

1) pituritária anterior (adenohipófise) Seis hormônios peptídeos são segregados pela adenohipófise: hormônio do Crescimento (somatotropin), corticotropin (ACTH), hormônio estimulante da tiróide (TSH), hormônio folículo-estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), e prolactina. Todos com exceção do hormônio do crescimento e da prolactina regulam as atividades de outras glândulas. Somatotropin, PRL e ACTH são hormônios polipeptídeos e LH, FSH, e TSH são glicoproteínas que têm estruturas bem parecidas.

O hormônio do crescimento não se destina a um tecido específico. Todas as células do corpo humano são afetadas por este hormônio. É muito importante para a criança em desenvolvimento, mas é também essencial a muitas funções do organismo ao longo da vida. O GH atua no crescimento dos ossos e cartilagens, no metabolismo das proteínas, na formação de RNA, no equilíbrio dos eletrólitos, e no metabolismo de glicose e de gorduras.

O ACTH é um hormônio trófico que estimula a produção e liberação de esteróides da supra-renal. Normalmente a quantia de ACTH na circulação é controlada pelos níveis de cortisol no sangue, pelos bio-ritmos individuais e estresse.

O TSH é um hormônio que estimula a síntese e a secreção de hormônios tiroideanos. É um hormônio glicoproteico controlado pelo “feedback” dos hormônios da tiróide.

FSH Os órgãos alvos do FSH nos homens são os testículos, e nas mulheres os ovários. O hormônio estimula o epitélio germinal dos testículos provocando e facilitando a fabricação do esperma. Nas mulheres estimula o crescimento e o desenvolvimento do folículo. Ele estimula a produção de testosterona nos homens e de estrogênio e progesterona nas mulheres. Sua liberação pela pituitária é controlada por um mecanismo de “feedback” negativo que envolve estes esteróides.

LH Os órgãos alvos do LH nos homens são os testículos e, em particular, as células intersticiais de Leydig que produzem testosterona. Nas mulheres o objetivo do LH é o folículo em desenvolvimento dentro do ovário, onde ele é necessário para que a ovulação ocorra e o corpo lúteo se desenvolva.

Prolactina - Este hormônio está ligado ao desenvolvimento das mamas e da lactação. Em conjunto com o estrogênio, prepara a glândula mamária para a lactação, causando então a síntese do leite.

A secreção é regulada por um fator inibidor, sendo que o bebê pode causar a liberação da prolactina pela pituitária.

2) lóbulo intermediário (pars intermedia)
No ser humano adulto este lóbulo é reduzido quando as conexões vasculares e neurais são pobres, de forma que não facilitam a secreção. Estas células podem segregar MSH (hormônio estimulante de melanócitos) que estimula a atividade dos melanócitos da pele.

3) pituitária posterior (neurohipófise)
Esta porção da pituitária é na realidade uma extensão do hipotálamo. Os neurônios com seus corpos célulares no hipotálamo e suas porções terminais na neurohipófise liberam dois hormônios. O hormônio antidiurético (ADH) e a oxitocina são armazenados dentro dos processos terminais dos neurônios até que o sinal para liberá-los seja recebido.

ADH - Na presença do ADH, os rins reabsorvem mais água da urina que se forma dentro dos túbulos renais. Sem o ADH os túbulos renais ficam quase que completamente impermeáveis à agua de tal forma que a urina excretada fica mais diluida (diabetes insipidus). O ADH tem um efeito direto na musculatura vascular lisa causando vasoconstrição e aumento da pressão arterial quando presente em grandes doses. O hipotálamo tem osmoreceptores que detectam a concentração do sangue. Eles são estimulados pela alta osmolaridade do sangue (aumento da concentração) causando a liberação de ADH. O hormônio faz com que os túbulos dos rins reabsorvam mais água para restaurar a normal osmolaridade. Há também receptores de volume que agem detectando pressão baixa. O álcool é um inibidor da secreção de ADH.

Oxitocina - O papel principal deste hormônio é a estimulação das células da musculatura lisa do útero das gestantes. Quando o trabalho de parto se inicia, o estiramento do cérvix e da vagina estimulam a produção reflexiva e a liberação de oxitocina. A oxitocina viaja então através do sangue para o útero onde causa contração mais forte da musculatura lisa. Este hormônio também está ligado à lactação. Ele causa a expulsão do leite agindo no músculo liso que cerca as células produtoras de leite. Novamente sua produção e liberação são mediadas por um reflexo neural, o reflexo do aleitamento. A emoção, a ansiedade e a dor podem inibir a liberação de oxitocina

Hipotálamo

As funções da pituitária anterior são controladas pela região do cérebro chamada de hipotálamo através da secreção de fatores liberadores e inibidores. Neurônios especializados do hipotálamo, controlados por “feedback” e outros métodos de informação dos fatores de liberação, causam a secreção de hormônios da pituitária anterior. Assim sendo, os hormônios tróficos da pituitária controlam a liberação de outros hormônios de uma determinada glândula . Com exceção da prolactina, os fatores que promovem liberação são mais importantes à liberação de hormônios pituitários. Somatostatin (inibe a liberação de GH), fator inibidor da prolactina (PIF), fator liberador de LH (LHRF), fator liberador de FSH (FSHRF), fator liberador de prolactina (PRF), fator liberador de corticotropina (CRF), hormônio liberador de tirotropina (TRH) são todos hormônios que controlam a liberação de hormônios da pituitária anterior. A liberação destes fatores é controlada através de “feedback” hormonal do órgão determinado, mantendo assim, um adequado equilíbrio hormonal.

Glândula Supra-renal (ad-renal)
As glândulas supra-renais ficam situadas em cima de cada rim. O córtex supra-renal (porções exteriores) produz os corticosteróides: os mineralcorticóides e o glucocorticóides que são hormônios esteróides. O córtex também produz alguns esteróides do sexo masculino. O colesterol é o local onde se inicia a biossíntese de todos estes hormônios esteróides.

A medula supra-renal é de fato uma extensão do sistema nervoso. A medula supra-renal produz norepinefrina e epinefrina (adrenalina) que são liberadas como reação à tensão ou ao medo.

Continua...

Fonte: http://www.hghforever.com/ipendocrine.asp

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