sábado, 9 de janeiro de 2010

Imagine. E partilhe.


Minha proposta hoje é para todos que não são transexuais e eventualmente passam por aqui. Ou para aqueles que são, mas tem dificuldade em explicar ou fazer com que outras pessoas ao menos respeitem.

Homens biológicos, nascidos e que vivem como tal. Não importa se hetero, homo, pan, assexuado, afinal orientação e gênero são situações distintas.

Imaginem que vocês foram dormir em um dia qualquer, um dia comum, sem nada demais. Vocês foram dormir com corpo de homem e com jeito e estereotipias masculinas.

Mas ao acordar, a surpresa: o seu corpo não é mais másculo, viril, mas delicado, cheio de curvas. No entanto sua cabeça, seu jeito, suas idéias continuam no aspecto masculino do ser.

Esqueçam um pouco de si mesmos e se imaginem na situação.

O que é isso? O que eu faço? Que sensação estranha isso desperta? Tenho medo? Ansiedade? Enlouqueci? Quem sou eu?!

Faço a mesma proposta a mulheres biológicas, nascidas e que vivem como tal, imaginando o inverso: dormindo mulheres, mas acordando com um corpo masculino e com idéias e vivências femininas.

Impossível de acontecer assim, mas é um exercício de aceitação do outro.

Vivemos um uma sociedade tão imersa em egoísmo, falta de respeito, de ética, de fraternidade, que para a maioria viver é apenas poder aproveitar o que é possível conseguir, muitas vezes de forma desmedida e prejudicial.

Proponho uma volta ao ser, se distanciando do ter por ter. Um resgate de humanidade, um exercício do respeito.

Da mesma forma é válido também para quem é trans, imaginar-se no lugar do outro; muitas vezes não conseguimos enxergar estando tão imersos na nossa própria dor.

E vou além: quem quiser partilhar essa experiência com os leitores do blog, creio que será de extrema importância. Assim podermos aprender, e crescer, uns com os outros.

Basta mandar o texto para o email disponível no blog, e dizendo como gostaria que fosse apresentado a autoria do mesmo.

Mas como tudo aqui, nada é imposto, são apenas sugestões na busca de um resgate do que há de mais importante no ser humano: a capacidade de amar.

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