Michael Dillon (1915-1962)
Nascido em 1 de maio de 1915, em Londres, Laura Maud Dillon, "filha" de Robert Dillon de Lismullen, County Meath, era uma saudável criança do sexo feminino.
Sua mãe faleceu dois dias após o parto, e seu pai o rejeitou, mandando - o junto com seu irmão para serem criados por três tias que moravam em Folkestone, Inglaterra.
Em 1925, seu pai e avô faleceram, e seu irmão de 11 anos tornou-se Sir Robert Dillon, oitavo Barão.
Michael foi educado em uma escola somente para meninas e no Colégio St. Anne's, em Oxford, ganhou o campeonato de remo por uma equipe feminina, além de ter ser formado em 1938. Ele passou a maior parte das férias de verão com uma governanta na propriedade da família em County Meath.
Pêlos faciais e uma voz grave confirmavam sua sensação de ser fisicamente e emocionalmente um homem. Começou a trabalhar como ajudante de garagem, vivendo sozinho e angustiado por quatro anos.
Um certo doutor Foss aceitou dar-lhe pílulas de hormônio masculino; ele fez a mastectomia em 1942, e em 1944 retificou seu registro de nascimento, mudando filha para filho e Laura Maud para Laurence Michael. Sir Robert reagiu com descontentamento e pavor, cortando relações com ele.
Michael, como agora era chamado, entrou na escola de medicina no Trinity College Dublin, em 1945 com seu novo nome.
Durante as férias, ele passou por cirurgias longas e dolorosas no hospital do cirurgião plástico, Sir Harold Gillies, para completar sua transformação.
Sir Harold Gillies, conhecido como o pai da moderna cirurgia plástica, teve um papel pioneiro na Inglaterra durante a guerra, no desenvolvimento da cirurgia que utiliza tecido do próprio paciente. Gillies, posteriormente, fez a primeira cirurgia do Reino Unido em uma mtf chamada Roberta Cowell.
O que não é muito conhecido, é o fato de Sir Harold também ser conhecido como um dos pioneiros das cirurgias de readequação sexual.
Em 1945, Sir Harold e seu colega Ralph Millard trouxeram ao mundo a primeira readequação sexual de uma mulher para homem, na figura do jovem aristocrata Michael Dillon.
Acredita-se também que Michael seja a primeira mulher a tomar hormônios masculinos para se readequar como sendo do sexo masculino.
Alguns meses depois de ter começado a tomar testosterona, ele já tinha desenvolvido barba e estava vivendo com um homem. Foi a impressionante mudança na sua aparência que finalmente persuadiu Gillies a operá-lo.
Depois de algum tempo, Michael mostrou seu certificado de nascimento ao Debrett Peerage, que concordou em alterar seu registro, e através desse ato, Michael passou a ser considerado o próximo homem, após seu irmão, na linha sucessória do baronato.
O editor garantiu a ele que as modificações feitas no Debrett eram automaticamente seguidas pelo Burke Peerage. Ele ganhou outro campeonato de remo, dessa vez como homem, e após formar-se em 1951, passou a trabalhar como médico de cruzeiro, tendo viajado pela Ásia, Austrália e América.
Burke Peerage não alterou seus registros, e a discrepância com o registro no Debrett foi descoberta em 1958 pelo jornal Sunday Express, que depois de uma investigação aprofundada, publicou a história da readequação de sexo.
Michael ficou devastado pela revelação de um segredo que ele havia escondido com tanto cuidado. Ele então mudou-se para Calcutá, e se refugiou em um monastério Budista em Sarnath, na Bengália.
Ele foi ordenado monje da ordem Tibetana, passando a usar o nome Lobzang Jivaha, e dedicou seu tempo estudando Budismo e escrevendo. Ele doou todo seu dinheiro para ajudar estudantes com problemas financeiros.
A dificuldade da vida em condições precárias, somada a parca dieta vegetariana imposta pelo Budismo, cobraram seu preço; sua saúde fraquejou, e ele faleceu em um hospital em Dalhousie, Punjab, em 15 de maio de 1962 aos 47 anos.
Dois livros escritos por ele foram publicados em Londres em 1962: A vida de Miralepa, sobre um famoso yogi tibetano do século 11, e Imji Getsul, o retrato da vida em um monastério Budista.
Fonte: http://www.transgenderzone.com/features/michaeldillon.htm
Nascido em 1 de maio de 1915, em Londres, Laura Maud Dillon, "filha" de Robert Dillon de Lismullen, County Meath, era uma saudável criança do sexo feminino.
Sua mãe faleceu dois dias após o parto, e seu pai o rejeitou, mandando - o junto com seu irmão para serem criados por três tias que moravam em Folkestone, Inglaterra.
Em 1925, seu pai e avô faleceram, e seu irmão de 11 anos tornou-se Sir Robert Dillon, oitavo Barão.
Michael foi educado em uma escola somente para meninas e no Colégio St. Anne's, em Oxford, ganhou o campeonato de remo por uma equipe feminina, além de ter ser formado em 1938. Ele passou a maior parte das férias de verão com uma governanta na propriedade da família em County Meath.
Pêlos faciais e uma voz grave confirmavam sua sensação de ser fisicamente e emocionalmente um homem. Começou a trabalhar como ajudante de garagem, vivendo sozinho e angustiado por quatro anos.
Um certo doutor Foss aceitou dar-lhe pílulas de hormônio masculino; ele fez a mastectomia em 1942, e em 1944 retificou seu registro de nascimento, mudando filha para filho e Laura Maud para Laurence Michael. Sir Robert reagiu com descontentamento e pavor, cortando relações com ele.
Michael, como agora era chamado, entrou na escola de medicina no Trinity College Dublin, em 1945 com seu novo nome.
Durante as férias, ele passou por cirurgias longas e dolorosas no hospital do cirurgião plástico, Sir Harold Gillies, para completar sua transformação.
Sir Harold Gillies, conhecido como o pai da moderna cirurgia plástica, teve um papel pioneiro na Inglaterra durante a guerra, no desenvolvimento da cirurgia que utiliza tecido do próprio paciente. Gillies, posteriormente, fez a primeira cirurgia do Reino Unido em uma mtf chamada Roberta Cowell.
O que não é muito conhecido, é o fato de Sir Harold também ser conhecido como um dos pioneiros das cirurgias de readequação sexual.
Em 1945, Sir Harold e seu colega Ralph Millard trouxeram ao mundo a primeira readequação sexual de uma mulher para homem, na figura do jovem aristocrata Michael Dillon.
Acredita-se também que Michael seja a primeira mulher a tomar hormônios masculinos para se readequar como sendo do sexo masculino.
Alguns meses depois de ter começado a tomar testosterona, ele já tinha desenvolvido barba e estava vivendo com um homem. Foi a impressionante mudança na sua aparência que finalmente persuadiu Gillies a operá-lo.
Depois de algum tempo, Michael mostrou seu certificado de nascimento ao Debrett Peerage, que concordou em alterar seu registro, e através desse ato, Michael passou a ser considerado o próximo homem, após seu irmão, na linha sucessória do baronato.
O editor garantiu a ele que as modificações feitas no Debrett eram automaticamente seguidas pelo Burke Peerage. Ele ganhou outro campeonato de remo, dessa vez como homem, e após formar-se em 1951, passou a trabalhar como médico de cruzeiro, tendo viajado pela Ásia, Austrália e América.
Burke Peerage não alterou seus registros, e a discrepância com o registro no Debrett foi descoberta em 1958 pelo jornal Sunday Express, que depois de uma investigação aprofundada, publicou a história da readequação de sexo.
Michael ficou devastado pela revelação de um segredo que ele havia escondido com tanto cuidado. Ele então mudou-se para Calcutá, e se refugiou em um monastério Budista em Sarnath, na Bengália.
Ele foi ordenado monje da ordem Tibetana, passando a usar o nome Lobzang Jivaha, e dedicou seu tempo estudando Budismo e escrevendo. Ele doou todo seu dinheiro para ajudar estudantes com problemas financeiros.
A dificuldade da vida em condições precárias, somada a parca dieta vegetariana imposta pelo Budismo, cobraram seu preço; sua saúde fraquejou, e ele faleceu em um hospital em Dalhousie, Punjab, em 15 de maio de 1962 aos 47 anos.
Dois livros escritos por ele foram publicados em Londres em 1962: A vida de Miralepa, sobre um famoso yogi tibetano do século 11, e Imji Getsul, o retrato da vida em um monastério Budista.
Fonte: http://www.transgenderzone.com/features/michaeldillon.htm
Tradução: "Homer"
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