domingo, 16 de agosto de 2009

Maria Clara Spinelli: uma nova musa para o cinema nacional


Enviado por Fernando Oliveira - 16.7.2009 - 16h32m


A julgar pela reação dos primeiros espectadores de “Quanto dura o amor?”, de Roberto Moreira, exibido no domingo durante a segunda edição do Festival de Cinema de Paulínia, Maria Clara Spinelli é a nova musa do cinema nacional. Ela é alta, tem cabelos ondulados e castanhos, e é de uma gentileza ímpar. Entre os homens que a viram antes da sessão no Theatro Municipal, todos estavam curiosos para saber quem era aquela mulher elegante. Logo que o filme acabou era impossível esconder a surpresa: assim como Susana, sua personagem, Maria Clara é uma transexual. A produção ainda traz nomes como Paulo Vilhena, Danni Carlos e Silvia Lourenço.

“Acho que conseguimos contar a história de uma maneira delicada”, afirma a atriz, que nasceu menino e há sete anos fez a cirurgia para mudança de sexo. “Quando fui convidada, eu recusei. Tinha medo de me desqualificarem como atriz, de dizerem que só fiz bem o papel por ter passado por isso. Depois vi que não poderia abrir mão desse sonho.”

Maria Clara é atriz há seis anos e chegou a ganhar prêmios no teatro. No longa ela é uma advogada que se envolve com um colega (Gustavo Machado) e vive o dilema de contar ou não seu segredo. “Susana é uma mulher como eu gostaria de ser, mais independente. Foi difícil fazê-la porque mexe com coisas que já passei”.

Com a boa repercussão do filme, a atriz espera receber outros convites. “Quero muito fazer mais cinema e teatro, ou mesmo TV. Basta aparecer um papel interessante”, diz Maria Clara, que não quer ficar presa ao rótulo de transexual. “Não vejo ninguém perguntando a atores negros como é fazer um personagem negro. Ou a uma mulher perguntarem como é fazer uma mulher.”



Blog de Mª. Clara Spinelli: http://www.ogostodarosa.blogspot.com/

EM TEMPO: Maria Clara é minha amiga pessoal, e não digo isso com sentido de soberba, e sim para expressar meu orgulho por ela. Uma mulher nascida entre véus e descoberta pela construção da identidade, sobrepassando as adversidades, e jamais desistindo de buscar seu sonho, de resistir, e acima de tudo de ser. Um Odisséu de saias, ela sai mar adentro de si mesma, descontruindo-se, em busca de sua Ítaca. Íntegra, elegante, única, dona de um je ne sais quoi irrefutável como poucas mulheres possuem. Ela é ela, e isso basta. Prestigiem indo aos cinemas, e dizendo bravo a uma estrela nascente.

Atriz de 'Paraíso' se transforma em transexual no cinema


Caroline Abras fala sobre 'Se nada mais der certo', que estreia sexta (14).'Deixei aflorar meu lado masculino, me despi da minha vaidade', afirma.

Carla Meneghini Do G1, no Rio

Quando foi chamada para fazer um teste para o filme "Se nada mais der certo", a atriz Caroline Abras apostou alto: passou a tesoura nas longas madeixas louras e já chegou ao local parecendo um menino, de cabelo bem curtinho e seios achatados por uma faixa, debaixo de uma camisa larga. "Foi um risco, uma maluquice, mas isso é para se ter ideia de como eu queria aquele papel no filme", conta a atriz, que atualmente interpreta a fofoqueira Jacira na novela "Paraíso". "Deixei aflorar meu lado masculino; me despi da minha vaidade 100%"

No longa-metragem, que chega aos cinemas nesta sexta-feira (14), Caroline interpreta Marcim, uma transexual do submundo paulistano que se envolve em uma série de golpes ao lado de dois outros desgarrados da sociedade, Leo (Cauã Reymond) e Wilson (João Miguel). "Ele é um homem em corpo de mulher, malandro para a vida e ingênuo para o coração", diz Caroline sobre seu personagem no filme de José Eduardo Belmonte (de "A cocepção").

Em entrevista ao G1, a atriz de 22 anos conta que chegou a frequentar a noite da Rua Augusta, em São Paulo, para conhecer pessoas que se parecessem com Marcim e pudessem ajuda-la a criar o personagem. "Foi um trabalho de muita entrega, uma explosão de sentimentos", diz.

"O mais difícil nesse trabalho foi conquistar esse estofo do Marcim, entender o sofrimento e a rejeição a que ele está submetido, na família e na sexualidade", afirma a atriz paulistana, que diz ter se inspirado em suas próprias angústias para dar profundidade ao personagem. "Ser atriz também é enfrentar seus próprios demônios", completa.

Mas o esforço parece ter sido recompensado. O papel em "Se nada mais der certo" rendeu a Caroline Abras o prêmio de melhor atriz do Festival do Rio, que também reconheceu o longa de Belmonte como melhor ficção da mostra.

"Esse papel foi um grande presente, um momento chave na minha carreira. Aos 20 e poucos anos, é difícil conquistar credibilidade como atriz, mas depois do Marcim, as pessoas não ficam mais receosas de me oferecer um papel mais ousado", conta Caroline, que vive uma prostituta em seu próximo filme, "Augustas", dirigido por Francisco Cesar Filho.




Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL1264562-7086,00-ATRIZ+DE+PARAISO+SE+TRANSFORMA+EM+TRANSEXUAL+NO+CINEMA.html

domingo, 9 de agosto de 2009

Lançamento do Livro IDENTIDADE SEXUAL E TRANSEXUALIDADE



Tereza Rodrigues Vieira e Luiz Airton Saavedra de Paiva, coordenadores da obra IDENTIDADE SEXUAL E TRANSEXUALIDADE, convidam para o Coquetel de Lançamento que ocorrerá no dia 13 de agosto, a partir das 19h na FNAC da Av. Paulista, 901.

Trata-de da mais completa obra (Ed. Roca) sobre o assunto no Brasil, escrita por experts em suas respectivas áreas de atuação profissional (Medicina, Piscologia e Direito). Esperamos contar com a sua honrosa presença e divulgação junto aos interessados.

SUMÁRIO DA OBRA

1. A transexualidade no passado e o caso Roberta Close
Luiz Airton Saavedra de Paiva e Tereza Rodrigues Vieira

2. Determinação e diferenciação normal na espécie humana
Gil Guerra-Júnior

3. Intersexualidade
Dorina R. G. Epps Quaglia

4. Transexualidade e etiologias, como desvendar este mistério
Sérgio de Almeida

5. Característica comportamental e gênero
João Batista Pedrosa

6. Experiência na avaliação psicológica da transexualidade no Hospital das Clínicas da FMUSP
Marlene Inácio e Elisa Del Rosário Ugarte Verdugez

7. Avaliação psicológica em transexualidade no Hospital de Base de São José do Rio Preto
Maria Jaqueline Coelho Pinto e Maria Alves de Toledo Bruns

8. Psicoterapia em transexualidade
Oswaldo M. Rodrigues Jr

9. Avaliação neuropsiquiátrica em transexualidade
Fabio Tófoli Jorge

10. Morbidades psiquiátricas e transexualidade
Alexandre Saadeh

11. Terapia hormonal na transexualidade
Elaine Maria Frade Costa e Berenice Bilharinho de Mendonça

12. Adequação do sexo genital: experiência em Cirurgia Plástica
Jalma Jurado

13. Adequação do sexo genital: experiência em Cirurgia Urológica
Carlos Abib Cury

14. O papel da Medicina Legal na transexualidade
Luiz Airton Saavedra de Paiva

15. Depoimento: duas nacionalidades, dois nomes e dois sexos
Leila Daianis

16. Responsabilidade penal do médico em cirurgias em transexuais
Roberta Martins Pires e Tereza Rodrigues Vieira

17. Identidade sexual: aspectos éticos e jurídicos da adequação do prenome e do sexo no registro civil
Tereza Rodrigues Vieira