quarta-feira, 28 de outubro de 2009

MEC recomenda que escolas de todo o Brasil aceitem nome social de trans


Bom começo - 27/10/2009

Por Redação

O Ministério da Educação (MEC) enviou na semana passada um ofício às secretarias estaduais de Educação de todo o Brasil recomendando que elas passem a aceitar os nomes sociais de alunas travestis e transexuais. Ainda não é uma ordem a ser seguida obrigatoriamente, mas pode ser considerado um bom começo.A decisão de fazer a recomendação surgiu durante um seminário sobre homofobia nas escolas realizado na última quinta-feira, 22, pela Câmara dos Deputados, em Brasília. “Quando a escola rejeita o nome social agride a pessoa. Não querem o acolher assim”, disse o secretário do MEC André Lázaro no evento.

Ele foi o responsável por enviar a recomendação ao Conselho Nacional de Secretários de Educação para que as secretarias passem a aceitar o nome social da população escolar trans em chamadas de sala de aula e matrículas. Essa medida é uma forma de combater a transfobia, principal motivo de evasão escolar dentro do segmento das travestis e transexuais.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A sexualidade é tão curiosa....The Mangina Man


Joe, é o sujeito da foto ao lado. Joe é gay, e se auto intitula o homem mangina, palavra que fica difícil traduzir, mas que pela explicação, será possível compreender.

Ele diz liderar um novo tipo de gays: os homens mangina.

O que é isso?

Joe é passivo, e dito por ele mesmo, nunca teve vontade de manter qualquer tipo de relação utilizando seu pênis. O que fez ele então? Uma cirurgia, que segundo ele, inverteu seu pênis para dentro dele. Note que ele faz questão de frisar no seu discurso que ele não o cortou, mas apenas inverteu; explica que quando alguém o penetra não está penetrando uma neovagina, mas esfregando o seu pênis invertido.

Ele diz que não tem uma vagina, que isso é apenas o que uma fantasia passa, mas ele é a realidade de um sujeito com pênis que pode ser penetrado por um.

Ele chega a ser bastante direto quando diz que as pessoas não devem confundir o resultado cirurgico com o aspecto de uma vagina: ele tem pênis e escroto que foram invertidos, e que inclusive, cheiram assim, numa clara alusão a que as mulheres teriam um odor um pouco mais forte. Não creio que eu precise ser gráfico aqui.

Ele vai além e diz que sua atitude não é nenhum tipo de julgamento desfavorável a mulheres biológicas, mtfs ("sem ofensas a mulheres transexuais que acreditam que uma cirurgia transforme um pênis em vagina"), e que até acha alguns ftms interessantes, mas que no final do dia eles ainda são "mulheres disfarçadas por hormônios, mas não menos mulheres por isso" e que isso não o atraí.

Tirando todo o rótulo que Joe expõe, e carrega, do o que é feminino, o que é masculino, o que diferencia e define um e outro, achei - o interessante por apresentar uma visão diferenciada da sexualidade. O que vêm a corroborar como o ser humano não pode ser simplesmente generalizado ou formatado. Cada um tem uma forma de expressar a sexualidade sem que isso seja sujo, errado, pecaminoso, ruim, carregado de culpas ou negativas; vai depender apenas do olhar de quem observa.

O que o Joe tem a ver com esse blog nosso de cada dia? O seu discurso, sua figura e postura são exemplo das definições de homem, mulher, conceitos e possibilidades de expressão da sexualidade. Estou com isso fazendo um convite, aos que querem claro, a ir um pouco além somente dos assuntos ligados diretamente a transexualidade, e a fazer a ponte para a sexualidade, e suas formas, como um todo.

Segue o link para o site do Joe, que está todo em inglês, mas nada que o google não possa ajudar. Vale ressaltar que o site dele é BEM GRÁFICO, então cuidado é aconselhável na hora de visualizá-lo.


Fato é que Joe tem direito a ser da forma que é, e a se expressar como se expressa, agora já o que ele pode provocar em cada indivíduo... deixo para que cada um avalie.

Obs: Ficam meus agradecimento a Lu do blog é bom para quem gosta, sobre sexualidade e assuntos relacionados colocados de um forma muito interessante e sem pudor, por ter me apresentado ao Joe.

Terças Trans - 27 de outubro


REPASSANDO:

"Olá Pessoal,

Nesta Terça-feira o bate-papo pega fogo no Terças Trans:

HOMENS GRÁVIDOS: PENSANDO DIREITOS REPRODUTIVOS!!

Com a exibição do documentário " O Homem Grávido" do Discovery Channel.

A trajetória da primeira gravidez de um homem chega ao Discovery Channel em O HOMEM GRÁVIDO (PREGNANT MAN), documentário exclusivo que conta a história real de Thomas Beatie durante as semanas finais de sua gestação e o marcante nascimento de sua filha.

Thomas submeteu-se a múltiplos tratamentos médicos para ser identificado biologicamente, socialmente e legalmente como um homem. A impossibilidade de sua esposa, Nancy, engravidar fez com que ele interrompesse seu tratamento de testosterona e se submetesse a uma inseminação artificial. O sucesso do procedimento permitiu com que o primeiro homem grávido desse luz a uma saudável menina, em junho de 2008.

IMPERDÍVEL!!!

Dia 27 de outubro, às 19h
Centro de Referência da Diversidade
Rua Major Sertório, 292/294 - Centro
Metrô República
Coordenação: Alessandra Saraiva
Organização: Associação da Parada GLBT de Sâo Paulo
Parceria: Centro de Referência da Diversidade"

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

A despatologização da transexualidade.



Muito tem se falado sobre a despatologização da transexualidade. Acabei por pensar nesse texto, tentando ser o mais isento possível; partir de avaliações, e não de qualificações de que algo seja ruim ou bom.

É fato que a palavra doença é carregada de estigmas. O agente doente é aquele que precisa ser cuidado, tratado, curado; quase um incapaz tamanha sua dependência naquele momento. Isso tem um peso ao indivíduo, e ao social.

Mas quando a doença, ou algo assim dito, deixa esse status de “malignidade” e se torna uma condição ou uma variante?

Algumas pessoas se sentem mais confortáveis dizendo-se doentes, onde todo o processo de readequação é a cura. Outros renegam o rótulo de doença é se dizem apenas indivíduos diferentes, afinal todos somos diferentes de alguma forma. Tudo depende do ponto de vista do observador.

Um invalida o outro?

Ao meu ver não, até porque pessoas não são máquinas e tem cada qual suas limitações, medos, defesas, complexos, e não podem ser avaliadas por parâmetros alheios as vivências individuais de cada um.

Mas então despatologizar resolve?

Talvez. Mas é claro que tal ação gera a necessidade de reformulação do conceito terapêutico atual, e indo além, de uma readequação jurídica, já que as decisões na sua maioria, se baseiam em laudos e provas diagnósticas para garantir a um indivíduo algo que é de todos por direito: a dignidade da pessoa humana.

Urgiria também o cuidado com a reforma interna daqueles que assim se dizem, doentes, e que buscam uma cura, afinal, como faço eu então sem a minha referência de segurança?

Tudo isso me remete sempre ao conceito de normalidade. O que é ser normal? O que é normalidade? O normal é o usual?

O normal é tudo aquilo que não foge ao que conheço, que não me provoca questionamentos nem remete a situações internas latentes, que não gera conflitos sociais, morais, éticos. Se não conheço, afasto, é errado, é anormal.

Partindo dessa premissa, o normal seria a regra, e toda exceção o patológico. Quando a exceção torna-se comum e alcança o status de normalidade, não mais gera qualquer tipo de conflitos, e é aceita e vista como usual.

A a - normalidade nega a diferença é a transforma em algo feio, doente, que carece de cura, que foge as regras.

Mas regra do quê? De quem?

As regras de uma convenção das leis, ou as regras inatas da natureza? Ou seriam as regras sociais sutilmente coercitivas, as quais, mesmo sendo todos diferentes em algum momento, não escapamos?

Fato é que dúvidas filosóficas à parte, para todo pleito, existem conseqüências hipotéticas. Meu sincero receio é que esse despatologizar gere por parte de uma camada da sociedade, e do poder público, um certo desleixo com relação a acompanhamento médico regular e adjacentes.

Sairíamos do status “maligno” pra o usual, e corremos o risco de sermos considerados como indivíduos que assim escolheram, então que arquem com as conseqüências sem usar dinheiro do governo, fundos de pesquisa entre outros.

“Mas eu não escolhi, nasci assim!”

O que nós leva a questão da causa da transexualidade. É biológica? É genética? É psicológica?

Pessoalmente, não descarto nenhuma possibilidade. Podem existir indivíduos com situações físicas de fato, outros com situações psicológicas e outros com concomitância de fatores. Não é possível generalizar um ser humano, por isso um não deveria ser preponderante ao outro, na hora de se objetivar um tratamento.

Vou além: na realidade, faz alguma diferença a causa? Ou o que importa é o que aquele indivíduo sente, que o leva a um desgaste físico e mental absurdos? O enfoque deveria ser o indivíduo e a procura de minorar o seu mal estar, de proporcionar uma melhor qualidade de vida ou uma disputa para provar que de fato temos direito de existir e receber tratamento?

Esqueci que o diferente nega a normalidade, e por isso é menos sucetível a direitos. Voltamos às regras, ao usual, ao “normal”.

Não acho que despatologizar seja algo inválido, apenas creio que é uma faca de dois gumes que pode gerar um resultado pouco interessante a princípio, mas nada que, em assim sendo, não possa ser trabalhado, pensado e organizado, e venha a ter seus frutos colhidos a médio e longo prazo.

Mas não creio que isso tire o preconceito que o ser transexual carrega, seja para ele mesmo ou para o leigo que não permite que o que difira de sua esfera interna exista no mundo.

É talvez a ponta do iceberg na busca de uma visão mais normativa, seja lá o que isso for, e menos assustadora da diferença. E por ser uma possibilidade, tem o seu lugar, o seu direito a ser tentada.

Notem que em nenhum momento estou me colocando contra nada nem ninguém, apenas traçando pontos, possibilidades, conseqüências hipotéticas.

Sou alguém sempre pelo humano, pelo objetivo maior, pelo bem estar do indivíduo, mas não posso me escusar de jogar um olhar crítico sobre o possível resultado de uma determinada situação.

No final do dia o que interessa é: sejamos quem somos, de qualquer forma, somos semelhantes, com diferenças sim que não deveriam ser qualificadas ou quantificadas, mas incorporadas na busca de uma vivência individual e social mais plena e evolutiva, com direito e deveres sim, mas livres dos cárceres do medo, do ódio e da intolerância.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Permita-se ter prazer. Deseje.


Ok, seu corpo te traiu. Você olha e não se encontra. O eco de si mesmo no espelho, é mudo. Você não se toca, e nem permite ser tocado.

Porquê?

Por mais que seu corpo não seja o desejado, ele merece todo o cuidado necessário, afinal é dele que sairá o molde para toda essa caminhada. A matéria prima está dentro de você, tudo o que se sente, mas não se vê, ao menos por hora.

Não estou dizendo que você precisa usar o que não quer, fazer algo que se sinta mal, de forma alguma; mas aprenda a trabalhar com o que se apresenta no momento, sem perder as possibilidades que a vida apresenta ao redor.

Que tal fazer desse traidor, um companheiro de jornada?

“Mas eu não gosto de me olhar, é absurdo, quero tudo isso fora!”

Certo, você quer adequar sua figura, mas até para tal é preciso aceitá-la antes. Isso não quer dizer que você se conforme, que fique o tempo todo satisfeito, se isso é possível para alguém. Apenas significa que é possível sim se permitir ter prazer, que a vida fica muito mais pesada sem um exercício saudável do desejo.

“Se eu usar meu corpo isso invalida quem eu sou! Não preciso mudar nada se tenho prazer dessa forma.”

Sim, precisa mudar. Não resuma tudo que você é, e pode ser, em aspectos corpóreos.

O seu corpo e sua “mente” andam em direções diferentes. Usá-lo de forma saudável, não invalida a sua masculinidade.

Você já passa por uma jornada longa, delicada, que tal experimentar ter algum tipo de prazer? Você pode e tem direito a ele.

Não estou dizendo que é fácil nem supondo que aconteça do dia para noite, nem fazendo apologia da promiscuidade. Mas deixando no ar o benefício da dúvida, do convite a uma expressão sadia e possível do desejo.

Claro, tudo vai depender dos limites de cada indivíduo, e para aqueles que estão em relacionamentos, da disponibilidade da companheira (o). Uma parceira (o) pode ser de grande ajuda nesse momento, demonstrando que o outro é querido, amado, desejado, independente de forma, mas pela sua identidade interna.

Porém, é inegável que tudo começa em cada um.

Não estou dizendo que você deva se permitir ser penetrado, por exemplo, ou tocado nos seios se não quer, mas apresentando a possibilidade de trabalhar com as limitações que se apresentem, e que, ter prazer, expressar o desejo, não se resume a genitais; pode ou não incluí-los. Resumir tudo a aspectos genitais seria, como bem sabemos, limitante demais.

Tente, invente, compartilhe. Transcenda as barreiras de si mesmo, fuja dos estereótipos do ser masculino ou ser feminino, e encontre refúgio no grande indivíduo, único, que você é. Aprenda a ultrapassar tudo isso, na busca de construir, e ser, tudo aquilo que você merece: alguém pleno e integrado a si mesmo.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Grupo de Orientação a Transexuais e Transgêneros



- Objetivos: fornecer orientação sobre diagnóstico, condutas de tratamento médico, hormonal, cirúrgica e psicológica; orientar sobre buscas de tratamento, oferecer apoio terapêutico e encaminhamento de psicoterapia.

A quem se destina: pessoas que tenham dúvidas sobre se pertencem ao gênero masculino ou ao gênero feminino, ou nasceram com um sexo e que sintam que são diferentes; que tenham dúvidas sobre apresentação social masculina ou feminina;

Metodologia: encontros mensais de duas horas, em sábados previamente definidos;

- o grupo será aberto, significando que novos participantes podem entrar ao longo do tempo.

- aulas expositivas serão ministradas;

- debate sobre as condições transexuais e como facilitar os caminhos de compreensão das formas transgenéricas que necessitem abordagens terapêuticas diferentes;

- debate conduzido para obter reconhecimento de formas de identidade sexual;

- dinâmicas de grupo com objetivo de favorecer o auto-conhecimento de limites pessoais na caminhada da adequação psico-social;

Condutores do grupo:

- Psic. Oswaldo Rodrigues Jr. – InPaSex – GEPIPS (CRP06/20610)

- Psic. André Bertoldi – InPaSex - CEPES (CRP 06/93762)

- Est. Pisc. Gisele Marie Reis

Custo para participação: R$25,00 por participante, por mês, a serem pagos à entrada da reunião mensal

- Vagas limitadas

Início do grupo: 23 de janeiro de 2010.

Informações: inpasex@uol.com.br; tel (11)36623139 com Psic. André Bertoldi

Fonte: Grupo Disforia de Gênero do Orkut.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Maranhão vai aceitar nomes sociais de alunas trans


Central de Notícias: 19/10/2009

Por Redação

O Estado do Maranhão decidiu que vai aceitar em suas escolas o nome social de alunas e alunos travestis e transexuais. A decisão foi confirmada pelo Ofício 731/2009 CG/SEDUC, de 09/10/2009, da Secretaria de Estado da Educação do Maranhão, em resposta ao pedido da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. (ABGLT).

No documento enviado à Associação, o governo afirma que “seu pleito foi plenamente atendido e divulgado a todos os setores responsáveis por registros escolares, de forma que providenciamos atender aos anseios dessa entidade".

sábado, 17 de outubro de 2009

Transexual consegue alteração de nome e gênero, sem registro da decisão judicial na certidão


DECISÃO - 15/10/2009 - 16h56


O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a alteração do pré-nome e da designação de sexo de um transexual de São Paulo que realizou cirurgia de mudança de sexo. Ele não havia conseguido a mudança no registro junto à Justiça paulista e recorreu ao Tribunal Superior. A decisão da Terceira Turma do STJ é inédita porque garante que nova certidão civil seja feita sem que nela conste anotação sobre a decisão judicial. O registro de que a designação do sexo foi alterada judicialmente poderá figurar apenas nos livros cartorários.

A relatora do recurso, ministra Nancy Andrighi, afirmou que a observação sobre alteração na certidão significaria a continuidade da exposição da pessoa a situações constrangedoras e discriminatórias. Anteriormente, em 2007, a Terceira Turma analisou caso semelhante e concordou com a mudança desde que o registro de alteração de sexo constasse da certidão civil.

A cirurgia de transgenitalização foi incluída recentemente na lista de procedimentos custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o Conselho Federal de Medicina reconhece o transexualismo como um transtorno de identidade sexual e a cirurgia como uma solução terapêutica. De acordo com a ministra relatora, se o Estado consente com a cirurgia, deve prover os meios necessários para que a pessoa tenha uma vida digna. Por isso, é preciso adequar o sexo jurídico ao aparente, isto é, à identidade, disse a ministra.

A ministra Nancy Andrighi destacou que, atualmente, a ciência não considera apenas o fator biológico como determinante do sexo. Existem outros elementos identificadores do sexo, como fatores psicológicos, culturais e familiares. Por isso, “a definição do gênero não pode ser limitada ao sexo aparente”, ponderou. Conforme a relatora, a tendência mundial é adequar juridicamente a realidade dessas pessoas. Ela citou casos dos tribunais alemães, portugueses e franceses, todos no sentido de permitir a alteração do registro. A decisão foi unânime.

Entenda o caso.

O transexual afirmou no STJ que cresceu e se desenvolveu como mulher, com hábitos, reações e aspectos físicos tipicamente femininos. Submeteu-se a tratamento multidisciplinar que diagnosticou o transexualismo. Passou pela cirurgia de mudança de sexo no Brasil. Alega que seus documentos lhe provocam grandes transtornos, já que não condizem com sua atual aparência, que é completamente feminina.

A defesa do transexual identificou julgamentos no Tribunal de Justiça do Amapá, do Rio Grande do Sul e de Pernambuco, nos quais questões idênticas foram resolvidas de forma diferente do tratamento dado a ele pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Nesses estados, foi considerada possível a alteração e retificação do assento de nascimento do transexual submetido à cirurgia de mudança de sexo.

Em primeira instância, o transexual havia obtido autorização para a mudança de nome e designação de sexo, mas o Ministério Público estadual apelou ao TJSP, que reformou o entendimento, negando a alteração. O argumento foi de que “a afirmação dos sexos (masculino e feminino) não diz com a aparência, mas com a realidade espelhada no nascimento, que não pode ser alterada artificialmente”.

Coordenadoria de Editoria e Imprensa .


OBS: Conforme grifo nosso acima, apesar da jurisprudência ser relativamente pacífica para mtfs, e casos como o apresentado não chegarem mais ao STJ com tanta frequência, o diferencial é que na averbação da certidão não constará que a retificação foi feita por decisão judicial, muito menos outros detalhes como vara, número de processo e afins. Isso abre precedentes, porque até o momento, era feito ao menos uma notação na certidão de que a mesma havia sido alterada por decisão judicial.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Indicador Profissional Jurídico.


São Paulo - São Paulo

Câmara e Câmara Advogados - Dr. Otávio Câmara

Rua Darzan, 43 (Metrô Santana).

Tels.: 11- 3895 6353 / 38956354 / 3895 6356 / 3895 6357 / 2909 3548



OBS: O Dr. Otávio, apesar de não ter experiência em retificação de registro civil, através de comentário demonstrou não só ser favorável a despatologização da transexualidade, como se dispõe a ajudar. Quem tiver interesse em contratá-lo, basta ligar para o escritório e falar com ele ou deixar recado, e quem citar que chegou pelo blog, terá uma atenção maior. Vale lembrar que todos que vierem a somar, com boa vontade, disponibilidade, persistência e respeito, serão sempre muito bem-vindos.

O que fala de um, fala de muitos...

Prefiro não emitir qualquer opinião, creio que as palavras falam por si. Obrigado ao autor por liberar para publicação.

"Imagine que ser transexual é como estar condenado a prisão perpétua, aonde o limite da prisão é o seu próprio corpo!

Enquanto vc não sabe que é transexual vc acredita que deva ser culpado de algo que não sabe o que é, já que está preso.

Quando vc descobre que é FTM, vc continua condenado mas pelo menos sabe que é inocente, que foi um erro vc estar lá.

Quando vc descobre que há tratamento e que existem pessoas como vc, é como aparecer uma luz no fim do túnel, agora vc percebe que mesmo que demore muito um dia vc poderá sair da prisão.

Quando vc começa o tratamento é como se vc tivesse conseguido um advogado, e a cada avanço que obtem é como se estivesse recebendo regalias dentro da prisão.

Mas vc só conquista a liberdade total e sai para sempre do presídio quando consegue mudar o registro civil.

Só então vc pode viver livre e sem estigma.

Breno"

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Indicador Profissional Público Atualização


Público (SUS)

São Paulo - São Paulo:

Psicologia, endocrinologia, fonoaudiologia, urologia, proctologia, infectologia, srs (convênio HC SP):

Ambulatório de Saúde Integral de Travestis e Transexuais (funciona dentro do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS) -Rua Santa Cruz, nº81 - Vila Mariana - Tel.: (11)5087-9831.

NDA: O Ambulatório de Saúde Integral é um espaço novo, público, ou seja, gratuito, que está trabalhando visando à construção de um bem maior. O atendimento é imediato, não há, por hora, fila de espera, e todos os profissionais são qualificados para lidar com a questão. No entanto, curiosamente, o maior número de atendimentos é de travestis.

Dúvida: onde estão todos os transexuais que não conseguiam mais ficar na fila do HC SP, por exemplo, ou pagar por consultas caras?

Serviço público é ouro nesse país, e ainda que não seja O ideal que você procura, que tal permitir-se o benefício da dúvida? Qualquer serviço público precisa provar a que veio. Vamos fazer valer esse espaço seguro de apoio e integração que foi conquistado.

Contra a patologização da transexualidade.


Repassando:

" Olá pessoal,

Estamos informando e convocando as pessoas interessadas a Participar conosco da campanha contra a Patologização da Transexualidade, que vissa a retirada do "transexualismo" do CID - Código Internacional de Doenças.

A Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo aderiu oficialmente a Campanha em São Paulo e nossa primeira Oportunidade para manifestação acontece neste dia 17 de Outubro, ocasião em que os profissionais do Hospital das Clínicas de São Paulo estarão realizando um curso sobre Diagnóstico e Tratamento de Transexualismo.

Nesta terça-feira, dia 13 de outubro, em reunião do Terças Trans, nossxs participantes chegaram ao consenso de que não são doentes e nem se sentem assim. Nossas demandas por cirurgia e tratamento hormonal se baseiam na integralidade de nossa saúde e no exercício de nossa cidadania. E assim sendo, não há nada de doentio em ser você mesmx e assumir sua verdadeira identidade ao Mundo.

Por este motivo, estamos convidando a todas as pessoas com interesse vivo nesta luta e os Militantes Sutis, para nos ajudarem a fazer um manifesto sadio e criativo na data acima mencionada.

Troquemos idéias a partir daqui e com o primeiro passo, contruiremos um futuro melhor para todas e todos,

Alessandra Saraiva e Alexandre Santos
STT - APOGLBT SP

"O Único CID que precisamos é CIDADANIA!" "

Uruguai deve aprovar mudança de sexo e nome para trans


CENTRAL DE NOTÍCIAS

13/10/2009

Por Redação

O Senado do Uruguai aprovou nesta segunda-feira, 12, lei que permite a mudança de sexo e de nome no país. O presidente Tabaré Vázquez deve sancionar a lei nos próximos dias.

"Toda pessoa tem o direito de desenvolver livremente sua personalidade de acordo com a identidade de seu gênero, independentemente de sua identidade biológica, genética ou anatômica", diz o texto aprovado pelo Senado. A legislação permitirá aos interessados mudar de nome e gênero em seus documentos oficiais desde que a pessoa tenha mais de 18 anos.

Em setembro o Uruguai já tinha aprovado a adoção por casais homossexuais; em maio deste ano o presidente aprovou a ingresão de homossexuais no Exército; em 2008 o governo também aprovou a união civil homossexual.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Coisas do dia a dia


Ok. Você sabe quem é, um pedaço ao menos, está correndo atrás de alternativas, e vivendo sua vida cotidiana. Mas apesar de desejada, essa identidade real é uma nova velha realidade, que agora abre sua cara ao mundo.

Pensando nisso, resolvi apontar coisas básicas mas não menos necessárias. Sim coisas mesmo, que podem parecer banais, que não tem nada de profundo, mas que muitos não sabem.

Esse post é mutável, ou seja, ele pode aparecer de novo, ou ser remodelado. Caso alguém tenha dicas que queira compartilhar, é só mandar para o email que está do lado direito do blog.


1 - Um excelente desodorante. Um fantástico desodorante, se possível. Eu sei eles são caros, mas creia, os odores mudam e é necessário abandonar aquele roll-on fraquinho que você usava, ou aqueles desodorantes com muito álcool que evaporam com facilidade. Você precisa de algo potente, que segure bem, senão os únicos seres a se aproximarem de você serão os gambás.

2 - O conjunto barba: creme, gilete e loção. Especialmente com relação a gilete, ela precisa ser de boa qualidade. Não dá pra ser a do 1,99, made in taiwan, que arranha e é bom. Sua pele até ontem era fina, mas vai engrossar, e você não quer traumatizá-la com giletes ruins que podem aumentar o risco de foliculites e uma ida ao dermatologista com o rosto inchado e infeccionado. Evite a fadiga: compre uma boa gilete, e troque regularmente, elas não são eternas. A loção após não é frescura só para refrescar, ela tem ação adstringente, ajuda a evitar inflamações.

3 - Band -Aid. Para quem injeta hormônio em casa, band-aids são úteis para serem colocados após a aplicação e não se sujar com aquelas gotas de sangue que saem depois. E também porque você fatalmente vai em algum momento se cortar ao fazer a barba, faz parte do processo. Falando de forma pessoal, eu tirei um naco do nariz ao raspar o bigode, e claro, band-aid, não resolveu, só gelo mesmo.

4 - Uma loção anti-espinhas. Para quem tem pouca espinha, loções como as da jonhson, ou pomadas tipo minancora, resolvem sem maiores problemas. Agora se você está em um estado choquito de ser, o mais prudente é ir sim ao dermatologista para evitar infecções de pele que deixarão marcas profundas no rosto. Ao tratar e não espremer, você garante não só uma boa aparência, como sua saúde também.

5 - Preservativo. Já sei você usa prótese ou faz sexo oral, tanto faz se mulher ou homem, mas é preciso usar o preservativo. Salvo se você tenha uma relação monogâmica e onde ambas as partes estejam saudáveis (não existe só AIDS de doença sexualmente transmissível), mas mesmo assim é necessário cuidado. A prótese é porosa, e mesmo sendo lavada após o uso, vírus e bactérias podem proliferar ali, acabando por trazer riscos à saúde. O ideal é então usar o preservativo na prótese, tal como seria se não fosse uma prótese. Da mesma forma se você faz sexo oral, é necessário o uso do preservativo no caso do masculino, e uma boa alternativa no caso feminino é o uso de papel filme (isso aquele que você usa para embalar coisas e por na geladeira) entre o contato boca - mucosa.

6 - Um desenvolvedor (pump) de clitóris / pênis. Conforme expliquei em post anterior, esses desenvolvedores ajudam a criar uma melhor auto estima pelo fator visual, além de que alguns médicos solicitam seu uso pré metoidioplastia com vistas a ajudar a criar um micro neo falo, um pouco menos micro, e mais visível. Mas seguindo sempre os seus limites, e acima de tudo com segurança. Você não quer explodir o pouco que tem e ficar sem nenhum.

7 - Gel de testosterona. Sim existe a possibilidade de se utilizar géis à base de testosterona, que são manufaturados em farmácias de manipulação. O que se faz com isso? Caso você precise viajar e não tenha como comprar o hormônio injetável, o gel é uma boa alternativa a ficar sem nada. É possível também usar localmente no clitóris, com vistas a promover um discreto aumento. A absorção do gel é local, e funciona como quem usa patch em vez de injeção. Mas é mais que imperativo conversar com seu endócrino sobre o gel para ambos os casos. Ele é quem vai avaliar a viabilidade desse uso em cada caso, a dosagem, e fornecer a prescrição. É válido lembrar que o veículo do gel não pode ser alcoolico, a menos que você queira subir pelas paredes, e não é em um bom sentido.

8 - Qualquer "aparelho" que permita urinar em pé. Já falei sobre as possibilidades em posts antigos, desde próteses que vem com tubos que permitem tal façanha, até os métodos caseiros como coador de café plastificado, tudo de desodorante cortado, colher dosadora de remédio de bebê até os produtos próprios para mulheres urinarem em pé durante viagens por exemplo. Uma coisa é fato: para todos eles é necessario prática e treino. Não estou fazendo apologia do apertou faça na rua, mas existem locais que mesmo os reservados não tem porta, ou onde você precisa ser do Cirque Du Soleil para segurar a porta e se aliviar ao mesmo tempo. Melhor previnir do que remediar, ou se urinar todo no meio da rua.


9 - Amido de milho ou a popular maizena. Para que? Se você tem, ou vai ter uma prótese de uso diário, normal ou com dispositivo para urinar, ou mesmo a ereta, em cyberskin ou material semelhante, você precisa de maizena para mantê-la viva. Depois de lava-la com água morna e sabão, é preciso passar maizena para ela não grudar e manter sempre a consistência, sem ficar parecendo um chiclete mastigado, grudento e sem forma. O uso de talco não é recomendado porque está associado a câncer cervical em mulheres. Prático, barato, ninguém precisa saber porque você está comprando e ainda dá pra usar na cozinha.

10 - Lubrificantes à base de água. Eles servem tanto para quem usa o desenvolvedor, quanto para quem usa próteses eretas porosas, p. ex. as de cyberskin. Lubrificantes à base de álcool podem danificar a prótese a longo prazo e irritar a pele.

11 - Álcool. Sim às vezes ele é necessário. Quem aplica a injeção em casa, ou com algum conhecido, precisa desinfetar o local da aplicação antes. Não é para tomar banho de álcool, mas apenas passar um pouco com algodão antes.

12 - Seringas. Por favor use uma seringa por vez ao aplicar hormônios, e nem pense em fazer uma "festa do hormônio" onde todos usam a mesma seringa. Elas são baratas e você compra junto com a ampola na farmácia, é só pedir. Seringa é igual cueca, precisa ser trocada porque sempre fica alguma coisa. Esse "alguma coisa" eu deixo para imaginação de cada um.

domingo, 11 de outubro de 2009

Rir desopila o fígado II - Tv Pirata - Tv Macho

3 episódios onde Zeca Bordoada (Guilherme Karam) entrevista um famoso "figurinista" Paulo Tesourão (Nei Latorraca), o famoso sexólogo Luíz da Mangueira (Diogo Vilela) e a chefe da torcida Violência Alvinegra, Edicléia Carabina (Regina Casé).

Além dos comercias hilários.

sábado, 10 de outubro de 2009

Programa de Estudos da Diversidade (Homo)Sexual da USP



-Diego Cotta-

Todos os meses, o PEDHS-USP realizará um dia de discussões, com convidados de universidades brasileiras ou pessoas que se destacaram na defesa dos direitos humanos para o segmento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais). Além disso, o programa promoverá em setembro o debate Pensar a homocultura hoje¸ como parte da Semana de Arte e Cultura da USP. Para fechar o ano, o ponto alto será o I Colóquio Luso-afro-brasileiro de Memória (Homo) Sexual, previsto para os dias 7, 8 e 9 de dezembro, no qual participarão pesquisadores do Brasil, Portugal, Angola e Moçambique.

Sobre o PEDHS-USP

Ligado à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP, o PEDHS tem como objetivo funcionar como espaço interdisciplinar (de reflexão e extensão) para estudos, pesquisas, diagnósticos e difusão de fenômenos, que envolvam questões de combate à discriminação e violência aos Direitos Humanos e, especificamente, à homofobia. Nesse sentido, propõe reflexões sobre a produção artística, científica, econômica, social e política da memória documental da homocultura, além de desenvolver e disseminar os resultados crítico-conceitual e teórico-metodológico acerca da cidadania lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e transgênero.

Programação de outubro:

26 de outubro

Seminário PEDHS-USP

10h Homossexualidade, pesquisa e ética médica.

14h Mesa-redonda Travestis e transexuais na pesquisa acadêmica no Brasil.

LOCAL: Auditório do MAC-USP, Rua da Reitoria, 160, Cidade Universitária, São Paulo, SP

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Rir desopila o fígado - TV Pirata - TV Macho

Quem tem menos de 30 dificilmente vai se lembrar da TV Pirata, programa de humor que marcou época. Com quadros ácidos e non sense, a trupe divertiu as noites de muita gente. Um dos quadros era o Tv Macho, apresentado pelo Zeca Bordoada, fazendo uma crítica, em tom de sátira, a "macheza" dos homens. Pra quem conhece, e não conhece, vou colocar alguns quadros aqui, só para ajudar a descontrair.

Nesse quadro Zeca Bordoada (Guilherme Karam) entrevista Tonhão, uma lésbica hipermasculina (Cláudia Raia), que foi personagem da novela Rabo de Fogo.


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

VII Congresso Brasileiro de Direito de Familía em BH.


Repensar o território da Responsabilidade nas relações familiares, na construção individual e estatal da cidadania e no Direito de Família. Este é o principal objetivo ético e científico do VII Congresso Brasileiro de Direito de Família, que será realizado em Belo Horizonte, no período de 28 a 31 de outubro. Para tanto, o Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM elegeu como eixo teórico “Família e Responsabilidade”.

Na esteira dos paradigmas da Socioafetividade, da Pluralidade, da Solidariedade e da Dignidade da Pessoa Humana, a Responsabilidade figura como princípio, pois perpassa, direta ou indiretamente, as mais diferentes demandas familistas. Elemento imprescindível para construção da subjetividade do indivíduo, para a ética e a saúde das instituições e do Estado, neste conceito reside uma das chaves para a dissolução de conflitos familiares e para a garantia de direitos.

A contemporaneidade impõe diariamente novas questões e outros desafios. Cabe aos juristas e estudiosos, na interdisciplinaridade, reunir os saberes, revisitar substantivos para avançar no compromisso com um Direito de Família mais justo e mais responsável.

Trabalhos classificados para o VII Congresso Brasileiro de Direito de Família

08/10/2009

André Cortes Vieira Lopes (RJ) - Transexualismo: reflexos da redesignação sexual

Benedicto de Vasconcellos Luna Gonçalves Patrão (RJ) - O direito à cidade sob a perspectiva da criança e do adolescente: o poder público e a responsabilidade pela efetividade do direito à convivência comunitária

Claudia Elisabeth Pozzi (SP) - Repensamento epistemológico do direito e seus outros-mares. Reconhecimento e inserção das práticas de pluriparentalidade nas famílias contemporâneas

Heloísa Missau Ruviaro (RS)
Co-autores: Bernardete Schleder dos Santos e Márcia Samuel Kessler - O cônjuge e o companheiro no direito sucessório brasileiro e a violação ao princípio da equidade

Karla Ferreira de Camargo Fischer (PR) - Inseminação artificial pos mortem e seus efeitos no direito de família e no direito sucessório

Leandro Soares Lomeu (MG) - Afeto, abandono,
responsabilidade civil e limite: diálogos sobre ponderação

Lenita Pacheco Lemos Duarte (RJ) - O que se espera com a guarda compartilhada nos processos de divórcio em que há alienação parental: fragmentos da clínica com uma criança

Marianna Chaves (PB) - A responsabilidade estatal pelo reconhecimento e regulação das uniões e do casamento homoafetivo: o atendimento aos mandamentos constitucionais

Silvano Andrade do Bomfim (SP) - A responsabilidade civil dos pais pelos atos dos filhos menores

Valéria Silva Galdino Cardin (PR) - Do planejamento familiar, da paternidade responsável e das políticas públicas


SECRETARIA DO VII Congresso – Advento Congressos / (31) 3222- 3099 - 3214 – 2106 / E-mail: ibdfam@adventocongressos.com.br

Nda: Este congresso só ocorre a cada dois anos, além de que o direito de família, e sua discussão, é agente fundamental do processo de retificação documental da vivência transexual, daí a importância da abertura para apresentação de trabalho sobre o tema, visto pelos olhos dos juristas.

Terças-Trans em SP : Transexualidade: Patologia ou Direito de Ser!


Repassando:


Estamos de acordo com o CID 10 e suas especificações? A patologização traz benefícios a pessoa transexual? Até que ponto o discurso médico patologizado não beira o preconceito e a discriminação? Pacientes ou Cidadãs? Dá pra conciliar as duas coisas? Seremos mesmo doentes?

@s convidadxs seremos nós mesmxs, com nossas experiências e necessidades. A reunião tem como objetivo a inclusão ou não de pessoas na Campanha Mundial pela Despatologização da Transexualidade que pode acontecer na revisão do CID em 2012!!


IMPERDÍVEL!!!!


Venha você também:


13/10/2009 às 19h


Centro de Referência da Diversidade
Rua Major Sertório, 292/294 - Centro
Metrô República

E de grão em grão... Nome social nas escolas deverá ser adotado no Paraná nas matrículas para 2010


Apenas os estudantes maiores de 18 anos poderão optar pelo nome social, que valerá para os documentos internos nas escolas, como matrículas e livros de chamada.


07/10/2009 19:12 Fernanda Leitóles


O Conselho Estadual de Educação do Paraná aprovou na terça-feira (6) o parecer que permitirá aos alunos com orientação sexual diferente da que é apresentada nos documentos oficiais autilizarem o nome social (nome pelo qual querem ser chamados) no momento da matrícula. Apenas os estudantes maiores de 18 anos poderão optar pela nova denominação. A expectativa do Conselho Estadual de Educação é que o nome social possa ser utilizado nas matrículas para 2010.

Agora a medida seguirá os trâmites internos e deverá ser regulamentada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), responsável pela educação básica, e pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), responsável pelo nível superior. No caso da Seed, a medida se aplicará aos estudantes do EJA (Ensino de Jovens e Adultos).

O relator do parecer foi o conselheiro Arnaldo Vicente. Ele esclareceu que o nome social será utilizado apenas nos registros internos das escolas, como nos livros de chamada, e não poderá ser adotado no caso de diplomas e históricos escolares. Nessas situações o estudante terá que entrar com ação judicial para requerer a mudança do nome civil, para que depois possa haver a mudança nos demais documentos. “O Conselho não irá mudar o nome civil de ninguém, pois o nome social valerá para documentos internos. O objetivo é respeitar as opções dos estudantes”, explicou Vicente.

No dia 1º de outubro o Ministério Público do Paraná (MP-PR) já havia dado parecer favorável à utilização do “nome social” nas escolas. Isso porque o Conselho Estadual de Educação havia pedido um posicionamento sobre o caso, uma vez que tinha recebido uma reivindicação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) sobre o caso.

Para o presidente nacional da ABGLT, Toni Reis, a aprovação do nome social é o primeiro passo para que os travestis e transexuais possam ser incluídos e respeitados nas escolas do Paraná.

Segundo Reis, o preconceito é um dos principais motivos que levam esse grupo a abandonar a escola. “Queremos que os travestis e transexuais possam ter a oportunidade de estudar e de crescerem. Pois para muitos não há outra opção, a não ser a prostituição”, afirmou Reis.

O nome social já entrou em vigor no Pará e em Goiás, de acordo com o presidente da ABGLT. No entanto, os conselhos estaduais de outros estados também já aprovaram a medida, mas ainda não houve a regulamentação. O objetivo da ABGLT é que até o final deste ano o nome social já esteja valendo em dez estados.

Fonte:http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=931681&tit=Nome-social-nas-escolas-devera-ser-adotado-no-Parana-nas-matriculas-para-2010 em Ftm Brasil.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Campanha internacional pede o fim da classificação da transexualidade como doença


Por Redação - 24/8/2009 - 17:00


A ILGA (Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans e Intersexuais) iniciou essa semana uma campanha para acabar com a discriminação e estigmatização da população trans. O foco principal é a retirada da identidade trans do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais (DMS), que é publicado anualmente pela Associação Americana de Psiquiatria, a mesma que considerava a homossexualidade uma doença.

A ideia da campanha é que na próxima edição do referido manual, que está previsto para 2012, deixe de considerar a transexualidade um transtorno mental, ou disforia de gênero. A chamada da campanha será "Parem com a patologização da transexualidade". Para ser mais fácil, seria algo do tipo: A transexualidade não é uma doença.

Além da reivindicação para que a transexualidade deixe de ser considerada doença, outras plataformas estão inclusas na campanha: a retirada da menção do sexo biiológico nos documentos; o fim dos tratamentos de normalização binária das pessoas intersex; o acesso livre aos tratamentos hormonais e as cirurgias de transgenitalização; fortalecer a luta contra a transfobia e propiciar a formação educativa e a inserção social das pessoas trans.

A cidade de Campinas (SP) está entre as localidades ao redor do mundo que participa da campanha. Além do interior de São Paulo, fazem parte da iniciativa: Barcelona, Madri, Bilbao, Donosti, Zaragoza, Granada, La Coruña (Espanha), Torino (Itália), Lisboa (Portugal), Paris, Lille, Marselha (França), Bruxelas (Bélgica), Quito (Equador) e Montreal (Canadá).

Está agendada uma manifestação mundial para o dia 12 de outubro.

Hoje, para quem está no Rio de Janeiro : Roda de Conversa - Processo transexualizador - patologia ou saúde?


A transexualidade é um fenômeno complexo no qual o sujeito sente-se não pertencendo ao sexo anatômico e demanda por reconhecimento como alguém do sexo oposto. Na atualidade, tornou-se uma experiência patologizada, tendo como consequência sua definição como uma desordem psiquiátrica - o Transtorno de Identidade de Gênero (TIG) – e sua incorporação aos manuais diagnósticos.

Os procedimentos de modificação corporal solicitados pelo sujeito que vivencia a transexualidade, incluindo a cirurgia de transgenitalização, são condicionados a avaliação médico-psicológica para confirmação do estado psicológico e das evidências de sofrimento clinicamente significativos ou prejuízo em áreas importantes da vida do indivíduo.

No Brasil, seguindo uma tendência internacional, a concepção patologizada da transexualidade é continuamente problematizada, levando em consideração a diversidade dessa experiência. A fim de realizar um deslocamento de sua definição psiquiátrica para a compreensão de uma experiência subjetiva singular, tanto a academia quanto o movimento social têm colocado em discussão essa questão, que se alinha à Campanha Mundial pela Despatologização da Transexualidade.

Nesse cenário, o Conselho Regional de Psicologia convida para a Roda de Conversa “Processo transexualizador - patologia ou saúde?”, na qual pretendemos debater sobre a psiquiatrização da transexualidade e seus efeitos.

O evento terá como convidados:

Bianca Santos - capitão-de-corveta (comandante) reformada da Marinha.

Majorie Macchi – Associação das Travestis e Transexuais do estado do Rio de Janeiro (Astra-Rio)

Márcia Áran - professora do Instituto de Medicina Social/UERJ

Daniela Murta Amaral (CRP 05/29141) - psicóloga, doutoranda em Saúde Coletiva do Instituto de Medicina Social/UERJ, colaboradora do GT Psicologia e Diversidade Sexual do CRP-RJ

LindomarExpedito Silva Darós (CRP 05/20112) – conselheiro presidente da Comissão de Psicologia e Políticas Públicas do CRP-RJ

Pedro Paulo Gastalho de Bicalho (CRP 05/26077) – conselheiro do CRP-RJ e membro do GT Nacional de Psicologia e Diversidade Sexual do Sistema Conselhos

Roda de Conversa “Processo transexualizador - patologia ou saúde?”

Data: 7 de outubro – 18:30h

Local: Auditório do CRP-RJ – Rua Delgado de Carvalho, 53, Tijuca – Rio de Janeiro

Informações: eventos@crprj.org.br


Universidade autoriza travestis e transexuais a usar nome social em documentos acadêmicos


07/10/2009 - 08h27

Alex Rodrigues

Repórter da Agência Brasil

Em Brasília

Alunos transexuais e travestis da Unifap (Universidade Federal do Amapá) conquistaram, na semana passada, o direito de passar a usar seus nomes sociais (como preferem ser chamados) em documentos acadêmicos, com exceção do diploma. A resolução, inédita no Brasil, foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Superior da entidade e, embora ainda não tenha sido publicada, deve entrar em vigor em janeiro de 2010.

Além de estabelecer a possibilidade de os alunos optarem por incluir seus nomes sociais nos documentos estudantis de todos os órgãos e colegiados da instituição, como carteirinha da biblioteca, certidões e no diário de classe, a resolução determina que travestis e transexuais devem ser respeitados nas chamadas de presença às aulas e em eventos acadêmicos como formaturas e entrega de premiações

Com a medida, a universidade afirma estar estimulando as discussões sobre os direitos dos estudantes e promovendo a inclusão das minorias discriminadas no ambiente universitário, ainda que, até o momento, não haja qualquer levantamento sobre quantos alunos poderão se beneficiar com a resolução.

"Ainda não foi feito nenhum levantamento neste sentido, mas eu acredito que há sim travestis e transexuais entre os alunos e que a discriminação impede que eles se assumam", afirma Betânia Suzuki, funcionária do Departamento de Extensão da Unifap e integrante do Ghata (Grupo das Homossexuais Thildes do Amapá), organização não governamental que luta pelos direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e autora do pedido para que a universidade considerasse o tema.

Para Betânia, a iniciativa abre "um leque de possibilidades" para as minorias sexuais, sendo mais um avanço na luta contra o preconceito e a discriminação de que são vítimas os travestis e transexuais, "alvo de chacotas, de piadas".

"Ser identificado pelo nome civil quando este está completamente desassociado da identidade visual causa constrangimento para transexuais e travestis", diz Betânia, explicando que os alunos poderão optar por incluir ou não seu nome social nos documentos acadêmicos, com exceção do diploma. "Como ainda não existe uma lei nacional que me dê essa cobertura, o diploma continua tendo que trazer o nome civil [do estudante] para evitar qualquer tipo de problema às pessoas".

Procurado pela reportagem, o MEC (Ministério da Educação) disse não existir qualquer ato normativo federal sobre o assunto e que cada universidade pública tem autonomia para tratar do tema.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Secretaria de Justiça precisa de Relatos de pessoas travestis e transexuais - URGENTE


Repassando e contando com a cooperação de todos:

"A Coordenadoria da Diversidade Sexual do estado de SP está precisando embasar o processo de aprovação do Decreto de uso do nome social para travestis e mulheres e homens transexuais, e neste momento, precisa que pessoas desta população envie relatos ou depoimentos àquela secretaria, contando sobre os problemas enfrentados por não poder valer-se do seu nome social no dia-a-dia.

Favor encaminhar com urgência os relatos para o email
diversidadesexual@sp.gov.br .

Os relatos não precisam ser extensos, podem ser simples, mas devem convencer a importância de uma legislação que nos dê o direito de ter o nome social utilizado nos órgãos públicos.

Atenciosamente
Carla Machado"

Quanto dura o Amor

Filme nacional em cartaz que conta com a presença de Paulo Vilhena, Danni Carlos, Leilah Moreno, Silvia Lourenço, Gustavo Machado e por último, mas não menos importante, Maria Clara Spinelli, a quem já comentei aqui antes, ganhou o prêmio de Melhor Atriz no último Festival de Cinema de Paulínia.

"Mas e daí?"

E daí que a personagem que Mª Clara faz é transexual no filme, e ela mesma, por um acaso da vida também. É que demonstra de forma magistral, tanto personagem, quanto atriz que sim é possível alcançar sonhos, sim ser aceito, sim ser inserido e reconhecido pelo seu valor e não por rótulos sociais.

"Ah tá."

Não é um filme sobre transexualidade, mas sobre encontros e desencontros, sobre a brevidade das relações, o que intermedia essas passagens e sobre a constante solidão humana ainda que imersos em uma grande metrópole.

Vamos prestigiar!



segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Desenvolvedores para pênis / clitóris

Você anda meio macambúzio, pensando que não tem dinheiro para fazer a cirurgia genital, ou não acha a técnica que se tem hoje em dia suficiente. Está insatisfeito com o fato de ter que ficar trocando de prótese e usando algo de borracha, que por mais realístico que seja, não é a mesma coisa.

Existe uma alternativa.

É sabido que existem no mercado desenvolvedores penianos, chamados de pump ou bombas, que são cilindros com uma mangueira e regulador de pressão, que estimulam a sucção do tecido através da criação de vácuo, e com o passar do tempo, promovem aumento pelo uso contínuo. O que não é comum é saber que isso favorece homens trans também.

“Oh então terei um pênis grande!”

Muita calma nessa hora. Não, ele não terá o tamanho de um pênis de um homem biológico, mas alguns conseguem tamanho suficiente para penetração vaginal em suas parceiras. Nunca foi sabido de alguém que tenha conseguido penetração anal.

Existem alguns detalhes a serem observados.

Para começar é necessário se usar um pump para clitóris. Os pumps penianos disponíveis no mercado, na sua maioria, possuem uma circunferência maior que 5 cm, o que acaba por não permitir uma sucção adequada pela incompatibilidade de tamanho. Caso você ache algum com menos de 5cm, esse vale a pena ser tentado. Mas comece com o pump para clitóris, assim você não desperdiça seu rico dinheiro.

MAS ATENÇÃO! O processo é GRADUAL. É necessário PACIÊNCIA. Caso contrário você poderá perder o pouco que tem devido à morte do tecido por abuso. Isso não é brincadeira.

O ideal é você começar com 5 vezes por semana, 3 vezes ao dia, de 5 a 10 minutos, com intervalo entre o uso. O parâmetro será você mesmo e o seu bom senso. Se doer, se as veias incharem demais, ficar roxo, sem sensibilidade, PARE IMEDIATAMENTE, você esta obviamente usando uma pressão muito maior que a possível por hora. Seja comedido, PACIENTE.

Depois de estar habituado, você pode passar para 20 a 30 minutos. Nunca ultrapasse os 45 minutos sob o risco de coagulação sanguínea da área!

Quando o cilindro que você estiver utilizando se tornar desconfortável ao tamanho, é hora de procurar outro um pouco maior, e manter a mesma rotina anterior, gradual e contínua, igual a quem faz academia. E assim sucessivamente.

“Mas como eu vou poder usar isso durante o ato sexual?!”

Enquanto estiver nas preliminares, você pode usar o pump, sabendo que depois de feito o efeito dele dura cerca de 20 minutos. O que pode acontecer é ser necessário usá-lo novamente.

Ainda que você não consiga penetração a princípio, a sensibilidade com certeza estará aumentada proporcionando mais prazer ao contato ou ao sexo oral, por exemplo.

É importante sempre lubrificar o pênis com lubrificante á base de água, bem como a parte interna inicial do cilindro evitando o risco de machucar-se.

Você pode usá-lo tomando hormônio, ou não, no entanto, o resultado pós hormônio é mais visível.

O PROCESSO É LENTO, PODE LEVAR ATÉ UM ANO PARA SE MUDAR DE CILINDRO OU MAIS. SE DOER, PERDER A SENSIBILIDADE OU ALGO ANORMAL, PARE, SINAL DE QUE TEM ALGO ERRADO, VOCÊ NÃO QUER TER O POUCO QUE TEM AMPUTADO DECORRENTE DO USO INCORRETO OU EXCESSIVO!

Os pumps estão à venda em todas as sexshops. Observadas as precauções, USE COM BOM SENSO e divirta-se.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

SP: Espaço Entre Homens discute transexualidade masculina


30/9/2009 - Por Redação


Nesta quinta, 01, o projeto paulistano Espaço Entre Homens realiza mais um encontro. O tema é "Homens Trans: O Masculino no Copo de Mulher". A discussão deve ser pautada por histórias como a de Thomas Beatie, transexual americano que engravidou porque sua companheira não podia ter filhos. O processo da descoberta da própria transexualidade e suas consequências devem estar na pauta.


Iniciativa da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo, o Espaço Entre Homens é realizado na sede da própria entidade: Praça da República, 386, sala 22. O encontro começa às 19 horas.


Fonte:http://mixbrasil.uol.com.br/upload/noticia/11_101_74456.shtml


Sim nós existimos.

EUA



CANADÁ



INGLATERRA



FRANÇA



PORTUGAL



AUSTRALIA



NÃO INTERESSA QUEM VOCÊ É. RAÇA, LÍNGUA, CREDO, IDADE, ORIENTAÇÃO SEXUAL OU EM QUE ESTÁGIO DA TRANSIÇÃO ESTÁ. VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ. NESTE EXATO MOMENTO MUITOS IGUAIS À VOCÊ ESTÃO TENTANDO, BUSCANDO, RESPIRANDO, VIVENDO. EM UMA SOCIEDADE ONDE A REALIDADE É FALSA, POUCOS TÊM A POSSIBILIDADE DE PERTENCEREM A SI MESMOS. A ÚNICA VERDADE É QUE AS DIFERENÇAS NOS APROXIMAM E AS SEMELHANÇAS NOS UNEM, E QUE POR MAIS QUE TENTEM TE DERRUBAR, NÃO DESISTA.

INSISTA, RESISTA, EXISTA.

Obs: Caso alguém não queira seu vídeo aqui, é só pedir que ele será retirado do blog. If you feel unconfortable with your video being displayed here, just let me know and it'll be deleted.