quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mulheres, mulheres, mulheres - Parte 2


“Eu sou adolescente, vou ficar sozinho até os 20, 30 anos?!”

Claro que não. Procure dentro da sua faixa etária moças mais maduras, que busquem relações mais estáveis e menos azaração.

“Mas eu só quero ficar!”

Ótimo, procure pessoas que se enquadrem no seu perfil. Ninguém precisa se aventurar em uma relação séria de cara. Se você, no momento, só quer curtir, curta.

É por observação e avaliação de costumes e comportamentos que, o que comento acima pode ser percebido, sem nenhuma intenção de generalizar. Existem mulheres mais novas muito mais maduras que as mais velhas, assim como mulheres mais maduras com comportamento de adolescentes. Para tudo existem variações. A melhor maneira de saber é usar, novamente, o seu discernimento.

Agora é preciso que você avalie as suas intenções.

Se você quer apenas aliviar o stress dando uns beijos e amassos, não há motivo para falar nada. A menos que você queira, claro.

Caso a coisa esquente, e os beijos e amassos se tornem o começo de situações mais calientes, é necessário falar. Por mais que você tenha uma super prótese, feita na NASA com material espacial, melhor que pele humana, você acha mesmo que uma mulher não consegue diferenciar?! Claro que sim, fora que por melhor que a prótese seja, não vai ter o molejo espontâneo natural.

Agora, se a coisa se direcionar para um relacionamento, é primordial falar antes. Claro que a pessoa, por amor, pode até aceitar posteriormente, mas vale a pena se colocar no lugar do outro, e imaginar como seria se fosse você do outro lado. Na maioria das vezes, essa é a melhor avaliação de como agir.

Quando se fala de relacionamentos tudo é possível, até o que pode parecer impossível. Relações são feitas com seres humanos, e estes por sua vez, são imprevisíveis. Não existem regras ou conselhos mágicos. Talvez uma ou outra semelhança ajude a traçar um perfil a ser mais ou menos seguido, mas a melhor fórmula ainda é ser você mesmo, e tentar. Afinal é melhor arriscar, e resistir, do que a dúvida de jamais ter tentado.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Mulheres, mulheres, mulheres - Parte 1

Uma dúvida muito comum é como chegar em uma mulher, dizer ou não dizer, correr ou ficar?!

Vamos por partes.

“Mas eu não consigo nem chegar em uma mulher por receio.”

De fato é uma situação delicada, e na nossa imaginação, as coisas sempre serão horríveis e não darão certo. Mas tentar é necessário. O máximo é ouvir um não e partir para outra.

Nessas horas, a internet pode ser uma ajuda para que você se socialize, e busque pessoas para se relacionar. Claro não vá se expondo achando que todos são anjos. Não são. Converse, converse, converse e converse mais. Se marcar um encontro, marque em lugar público, uma, duas, três vezes. Nada disso é garantia de não ter problemas, mas a melhor maneira é ter discernimento, e se precaver antes que situações danosas aconteçam. Tá estranho?! Tchau, bença, um abraço. Sua segurança em primeiro lugar.

Mas a internet não é sua praia, e você prefere alguém mais perto e concreto.

Hoje em dia é moda ser “alternativo”, e buscar se relacionar com alguém que fuja ao dito socialmente “aceitável”, que traga consigo algo que pode chocar ou assustar os mais conservadores. Esse comportamento é muito comum entre jovens que ainda estão na fase de experimentar sensações das mais variadas. Mas grande parte das pessoas age assim por impulso, ou por diversão. Se esse não é seu intuito, procure se aproximar de mulheres mais velhas, na casa dos 30 para cima.

Mulheres mais velhas têm tendência a se importarem menos com modismos ou com a opinião alheia, principalmente se estiverem apaixonadas.

Da mesma forma, elas podem já ter uma vida prévia com filhos, serem separadas ou até divorciadas, terem uma relativa estabilidade, e estarem em busca não só de paixão, mas de companheirismo e cumplicidade.

Mulheres separadas, divorciadas ou recém saídas de relacionamentos frustrantes, independente de idade, costumam também ser mais carentes, o que facilita com que você a alcance, e sendo um cavalheiro, conquiste seu coração.

Por favor, não seja um troglodita. Ser homem não é ser somente um ogro, mas saber ser educado, cortês e companheiro. Caso alguém te chame de gay por isso, saiba que o problema está em quem diz e não em você, até porque não há mal algum em ser gay.

Não estou pregando a apologia a ser pilantra e abusar de pessoas com estado emocional frágil, mas em ser honesto para que haja a troca necessária em todo relacionamento.

Você também pode estar carente, e assumir que quer uma companhia para esquentar seus pés ou sua orelha, não tem mal algum.

Continua...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Góias promove Simpósio sobre Redesignação Sexual


21/05/2009


Evento tem como convidado Mark-Bram Bouman, cirurgião plástico da Holanda

No período de 25 a 27 deste mês, o Programa de Pós-Graduação em Ciências de Saúde da Faculdade de Medicina (FM) da UFG vai promover oSimpósio Internacional sobre Redesignação Sexual. O evento terá início às 8 horas, no anfiteatro da FM e é aberto a todos os interessados no tema, com direito a certificado de participação. As inscrições, que são gratuitas, podem ser feitas na secretaria do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da FM.

A coordenação do evento está a cargo das professoras Marise Amaral Rebouças Moreira e Mariluza Terra Silveira, que também coordena o projeto Transexualismo, da Faculdade de Medicina e Hospital das Clínicas da UFG. O Simpósio terá como convidado internacional o médico Mark Bram Bouman, cirurgião plástico pertencente ao Gender Team da Vrije Universiteit van Amsterdam (Free University of Amsterdam).

A programação do evento será iniciada no dia 25, com conferência do diretor Mark-Bram Bouman sobre “Metoidioplastia – virilização da genitália feminina”. Em seguida haverá debate com a participação dos professores Aldair Novato Silva (HC/UFG), Marcelo Soares Silva (cirurgião plástico goiano), Eloísio Alexsandro da Silva (UERJ) e Thiago Elias Rosito (UFRGS).

Às 10h30, haverá um debate informal com apresentação de casos sobre “Vaginoplastia - O que fazer e como prevenir: 1) estenose vaginal; 2) estenose uretral; 3) complicações vulvares e 4) deiscência de sutura dos retalhos. O coordenador desse debate será o professor Gilvan Neiva Fonseca, chefe do Serviço de Urologia da UFG, com a participação do convidado internacional Mark-Bram Bouman e dos demais médicos participantes do debate anterior. À tarde, a partir das 15h, o programa prevê exame físico ambulatorial de pacientes do projeto com vistas à cirurgia de metoidioplastia.

Para o dia 26 está programada, no período das 7h às 11h, demonstração de metoidioplastia pelo doutor Bouman, no centro cirúrgico do HC, em dois pacientes do projeto Transexualismo da FM/HC. No dia 27, no mesmo período, haverá demonstração de uma cirurgia de vaginoplastia. À tarde, a partir das 15h, o doutor Bouman estará reunido com a equipe multiprofissional do Projeto Transexualismo.

Projeto Transexualismo - Iniciado há exatos dez anos, o projeto Transexualismo da FM/HC é um programa de pesquisa e extensão para atendimento interdisciplinar a pessoas de ambos os sexos, independente da faixa etária, com distúrbio de identidade de gênero (DIG). Esse projeto tem como propósito atender pessoas com indicação para redesignação sexual (CRS), realizando a cirurgia e o acompanhamento endócrino e psicológico.

São feitos dois tipos de cirurgia: de homem para mulher e de mulher para homem. A primeira consiste em orquiectomia, amputação dos corpos cavernosos, redução da uretra, confecção do clitóris a partir da glande, plástica para construção da vulva (com pele da bolsa escrotal) e criação da neovagina (com pele do pênis e da bolsa escrotal).

Já a cirurgia de mulher para homem consiste em mastectomia, histerectomia, salpingectomia, ooforectomia. colpectomia, construção da bolsa escrotal a partir dos grandes lábios com prótese de silicone ou não, além de metoidioplastia ou faloplastia, que é a construção de um pênis e que terá na sua porção distal a abertura da uretra, para que a micção possa ser feita em posição ortostática.

Fonte: Assessoria FM/UFG


O gay que era uma modelo loira - Parte 2

Continuação...

“Tinha inveja dos homens na rua. Eles podiam ser eles mesmos, e eu não. Eu também comecei a odiar meu corpo. Olhava para meus seios e pensava, ‘Tire esses peitos de mim!’”

Eventualmente, Adrian foi ao seu médico e foi mandado para um acompanhamento psicoterapeutico de dois anos, antes de conseguir uma carta de referência para um especialista em gênero, que confirmou sua transexualidade.

Adrian, que trabalha com investimentos bancários, diz: “No final do segundo ano, eu cortei meu cabelo curto e pedi aos meus amigos que começassem a me chamar de Adrian.”

“Não tem nada de especial na escolha do nome – eu só queria que fosse algo que não soasse tão másculo quanto David ou Mike.”

Em dezembro de 2005, Adrian embarcou na primeira parte da jornada rumo a se tornar um homem.

Ele fez uma operação para retirar os seios e começou a tomar testosterona

Ele diz: “A primeira coisa que percebi foi minha voz mudando – ficando cada vez mais grave. Então meu rosto começou a mudar. Ficou mais largo e toda a gordura sumiu dele.”

“Eu comecei a ter mais pelos corporais, e eventualmente pelos faciais, que eu amo. Fazer a barba é muito menos aborrecimento que raspar as pernas todo dia.”

Em 2007 cirurgiões fizeram uma histerectomia em Adrian.

Mas o maior estágio de sua transformação ainda estava por vir, e seis semanas atrás ele foi de sua casa ao oeste de Londres para Ghent, na Bélgica, para uma faloplastia de oito horas – remoção de pele de seu braço e coxa para a construção da genitália masculina.

Ele diz: “ É brilhante. Eu odiava aquela parte do meu corpo antes e ficava constrangido por ela, mas agora eu me sinto completo.”

“Dentro de um ano retornarei a Bélgica para um implante erétil, e então minha transformação estará completa.”

Mudar de sexo permitiu a Adrian ter uma visão única das diferenças de gênero.

Ele diz: “Eu não posso dizer que exista algo que sinta saudades em ser uma mulher porque queria ser um homem por tanto tempo, mas eu percebo que as pessoas me tratam diferente agora.”

“As mulheres me tratam muito melhor hoje em dia, em qualquer tipo de situação, especialmente no trabalho. Eu acho que é porque elas não me vêem mais como uma ameaça.”

“Obviamente ninguém mais abre portas para que eu possa passar – mas eu posso viver com isso.”

Tradução: “Homer”

OBS: Não traduzi o conteúdo do quadro que fala sobre a faloplastia porque achei mal explicado, e portanto nada educativo.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O gay que era uma modelo loira - Parte 1


The Sun

Por SHARON HENDRY
Publicado: 21/05/2009

Com suas curvas sensuais e longos cabelos loiros, a bela Katherine Dalton era uma modelo requisitada.

Mas por trás da sua beleza, se escondia um segredo que a incomodava desde cedo – ela sentia que era um homem e sentia-se atraído por garotas, em vez de garotos.

Hoje com 31 anos ele diz: “Durante anos eu fui um homem preso em um corpo de mulher. E apesar de ser uma bela mulher, eu me sentia fei(a) porque não era quem desejava ser. Agora eu me sinto completo e isso é maravilhoso.”

“Ter passado pelas operações para me transformar em um homem foi assustador, mas foi a coisa mais gratificante que eu já fiz, e pela primeira vez na vida, eu me sinto bem.”

Katherine – que mudou seu nome para Adrian – é solteiro, mas espera se envolver em um relacionamento afetivo.

Apesar de ter se envolvido em relacionamentos com mulheres enquanto era uma, Adrian hoje se sente atraído por homens. Ele diz: “Eu era atraído por mulheres quando era adolescente, mas agora me considero gay.”

“Eu não sei o que o futuro reserva. Eu gostaria de viajar e morar na Austrália, mas por hora estou feliz sendo eu mesmo.”

Não havia nada na infância perfeita de Adrian que pudesse dar pistas da transformação que ocorreria anos depois.

Nascido de pais amorosos, ele lembra da infância feliz em Costwolds.

Ele diz: “Eu fui criado em uma casa grande, e gostava de todas as coisas que as meninas gostam – glitter, maquiagem e Barbies.”

“Certa vez pedi a Papai Noel uma tiara.”

Foi somente quando foi mandado para Stonar, uma escola só de meninas em Wiltshire que os problemas de Adrian começaram.

“Olhando para trás, eu acho que era bem excêntrico – sempre dançando e cantando onde a maioria das meninas gostava de esportes.”

“Desde cedo eu comecei a gostar de mulheres, mas eu era considerad(a) muito feminina para ser lésbica.”

“Tive um relacionamento com uma garota na escola por anos sem que ninguém soubesse.”

“Eventualmente, eu não podia mais agüentar, larguei a escola e mudei-me para Londres.”

“Foi a primeira vez em que não estava em um ambiente só de meninas. Foi então que percebi que era um homem preso em um corpo de mulher.”

Depois de anos de abusos, a auto - estima de Adrian estava devastada, foi então que ele decidiu ser modelo para melhorar sua confiança.

Algumas das fotos de Katherine como modelo estão nesta página (N.B. Ver no site).

Com uma figura perfeita, a loira conseguia trabalho facilmente. Ele diz: “Eu admirava mulheres como Pamela Anderson, Brigitte Bardot, Kylie Minogue, Marilyn Monroe e Kate Moss. Eu tentava me inspirar nelas.”

“Muitos homens eram interessados em mim e queriam sair comigo, mas era difícil porque eu não me via como uma mulher.”

Pensamentos crescentes sobre sua sexualidade começaram a perturbar Adrian profundamente, e por volta dos seus 20 anos ele recorreu ao álcool para tentar apagá-los.

Ele diz: “Eu bebia cidra, vodka, vinho – qualquer coisa.”

Continua...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mostra apresenta filmes de temática trans.


Filmes gays são destaques de mostra do Centro Cultural Banco do Brasil

Por Redação

15.05.09

A mostra Tribos Urbanas no Cinema – que está sendo exibida no Centro Cultural Banco do Brasil, nas unidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília – exibe 20 filmes que retratam 10 diferentes tribos metropolitanas refletidos em comportamento, modo de pensar e vestir.

Entre os grupos selecionados foram os beatniks, mods, glam, clubbers, hippies, yuppies, new wave, skaters&surfers, grunges e punks e também os gays (N.B. Trans) representados nos filmes Hedwig - Rock, Amor e Traição (Foto) e Minha Vida em Cor de Rosa.

O primeiro é uma adaptação da peça homônima do circuito off-Broadway que conta a história de uma cantora de rock trans e sua busca pelo estrelato e amor.

O segundo é uma história de um garoto que age como uma garota. O drama cresce quando a família não sabe se respeita as vontades do filho ou faz ele mudar o comportamento como meio de proteção aos olhos de recriminação da vizinhança.

A mostra fica em cartaz até dia 24 de maio e tem como curador o músico Tatá Aeroplano. A programação completa você encontra no site www.bb.com.br/cultural/.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Comunidades no Orkut

A Internet tornou-se um grande ponto de apoio daqueles que se descobrem transexuais, dos que buscam respostas sobre o assunto e daqueles que ainda navegam sem destino sobre sua sexualidade.

Na maioria das vezes, a informação pertinente a esse grupo de indivíduos não é divulgada de forma coerente, aumentando as dúvidas, os medos, à estranheza.

Surge então a necessidade de colher informações que somem em vez de apenas confundir ainda mais, e de encontrar aqueles que estão no mesmo barco que o seu.

Foi com esse intuito de troca e ajuda mútua que resolvi disponibilizar algumas comunidades hoje presentes no Orkut, onde existe uma discussão sadia sobre a situação, troca de informações e o suporte mais que necessário de outras pessoas que andam pelo mesmo caminho.

Porém é válido também um aviso: na ânsia de encontrar pessoas, não saia se abrindo feito mala velha para qualquer um que se mostre bonzinho ou amigável. Infelizmente existem pessoas que se comprazem em causar problemas e discórdias. Vá com calma, canja de galinha e prudência não fazem mal à ninguém.

Transexual MTF e FTM

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=42690325

Transexual – Canal Aberto

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=19382409

Tenho um amigo FTM

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=4706340

Disforia de Gênero

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=35888656

FTM e MTF Cristãos

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=55379961

FTM – O Direito De Ser

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=35489518

Transexuais do Brasil

http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=9412002

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fixação de próteses



Recentemente perguntaram - me se seria possível usar algum tipo de adesivo, como cola, para prender a prótese ao corpo.

Sim e não, depende da prótese.

Próteses de látex feitas sob encomenda, como, por exemplo, às feitas pelo Dr Joseph D’Arienzo, já são disponibilizadas na hora da compra com um adesivo específico, para que não danifique nem a prótese nem a pele de quem usa. Não é cola branca comum muito menos cola tudo.

Já as mais comuns de cyberskin, ou material semelhante, não podem ser usadas dessa forma por serem extremamente porosas e frágeis. O adesivo acabaria por estragar a prótese. De tão porosas, é recomendando o uso de preservativo quando do uso de uma prótese de cyberskin para penetração, evitando assim, mesmo após a lavagem, que se crie uma colônia de bactérias na prótese.

A melhor maneira de prender a prótese diária é com suspensórios ou suportes escrotais, usados em práticas esportivas. Ou suportes de fabricação caseira que permitam que a prótese fique no lugar certo.

Caso você opte por não usar suportes, procure cuecas mais estruturadas com forro interno reforçado ou duplo. Existem cuecas assim no mercado desde as comuns até boxers mais ajustadas que não vão deixar que o seu amigo desça pernas abaixo, e você tenha que correr atrás dele.

Essas cuecas por terem forro duplo, proporcionam melhor sustentação, e ajudam também aqueles que fazem uso de métodos alternativos como meias ou preservativos com gel, uma vez que dão a impressão de um volume maior do que de fato há. É válido também para quem usa prótese e não está satisfeito com a aparência da região.

O importante é sentir-se bem e buscar alternativas, que podem ser estranhas para uns, mas funcionarem para você. Parece slogan de cueca, mas quando se fala do seu melhor amigo, comprado ou improvisado, conforto e auto – estima estão em primeiro lugar.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Data do encontro em Campinas no mês de maio


Conforme informei anteriormente, estou postando a data dos encontros de apoio que ocorrem em Campinas.

Em maio a data será dia 09/05, sábado próximo.

Reforçando que os encontros são gratuitos à partir das 15hs.

Quem quiser participar basta ligar para o Centro de Referência GLTTB de Campinas no telefone (19) 3242-7744 e confirmar o endereço do encontro e a presença com a Dra. Bárbara.

Pessoal de São Paulo e arredores, deixem a vergonha de lado, e participem.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Enquanto isso na terra dos cangurus.


Justiça australiana autoriza que jovem trans remova seios

5/5/2009

Por Redação

Uma adolescente transexual australiana identificada como Alex recebeu autorização da Justiça para retirar os seios. De acordo com o jornal "The Age", Alex faz tratamento hormonal para impedir o desenvolvimento de formas femininas desde os 13 anos. Diana Bryant, juíza do Tribunal de Família de Melbourne, disse que a adolescente deveria fazer a cirurgia o mais rápido possível para que possa se beneficiar de serviços sociais oferecidos pelo governo aos menores de idade.

domingo, 3 de maio de 2009

Porque nem tudo são só espinhos II...


Procurando por artigos e afins na internet, deparei-me com uma reportagem publicada na revista Ciência e Vida Psique.

A reportagem escrita pela jornalista Anna Melo é extensa, muito bem escrita, de forma clara e imparcial, contando com opiniões de profissionais renomados no país quando a questão é transexualidade.

Fala tanto de mtfs quanto ftms. Vale a pena dar uma olhada, e claro, ler.

A reportagem é longa, como informei acima, então optei por disponibilizar os links para as páginas da reportagem.




sexta-feira, 1 de maio de 2009

Porque nem tudo são só espinhos...


Procurando por notícias achei um texto escrito pelo Sr. Ricardo Kelmer, em um jornal de Fortaleza chamado O Povo. O texto foi igualmente publicado no blog do Sr. Kelmer, que se encontra ao final da reportagem. Ele fala no texto de crianças transexuais e do seu espanto após ter assistido o documentário Meu Eu Secreto, já disponibilizado neste e em outros blogs.

Apesar de ser assunto recorrente, achei interessante postar a reportagem porque ele foi muito feliz na forma como abordou a situação em questão. Afinal nem só de quebra pau é que se vive, vale a pena re-inforçar quando algo bacana também é escrito, ou dito.

Segue abaixo a reportagem:

Kelméricas

As crianças transexuais
Ricardo Kelmer 30 Abr 2009 - 23h45min

Costumamos entender a infância como uma etapa idílica da vida, onde apenas brincamos e somos felizes, sem preocupações - é o paraíso. Na infância estamos protegidos das crises existenciais que assolam os adultos e não perdemos noites de sono matutando, por exemplo, sobre quem realmente somos ou não somos.

Eu pensava assim mas mudei de opinião após assistir a um incrível documentário chamado My secret self (Meu eu secreto). Ele conta a história de três famílias dos Estados Unidos que têm em comum casos de crianças que nasceram meninos mas se sentem verdadeiramente meninas ou o contrário - e sofrem bastante por isso. Elas são as crianças-transgênero ou transexuais. Para elas, infelizmente a infância será uma fase que elas não terão qualquer prazer em recordar.

O documentário mostra casos de crianças de três anos de idade (sim, três anos) que realmente se sentem meninos em corpos femininos ou meninas em corpos masculinos e por mais que os pais tentem convencê-las do contrário e considerem tudo uma fase que passará, essas crianças crescem infelizes e insatisfeitas com seus corpos, e algumas se mutilam e tentam se matar por não suportarem a incompreensão dos outros e o sofrimento por não poderem ser quem na verdade são.

Que coisa estranha, né? Parece mentira. A princípio eu achei que estava diante de um desses documentários bizarros e apelativos mas infelizmente o problema existe e o que vi me tocou profundamente. Para começar, eu jamais imaginei que crianças tão novas fossem capazes de tal consciência de si e que pudessem viver um drama tão terrível. Sempre achei que o transtorno de identidade de gênero, como o problema é chamado, ocorresse apenas mais tarde, na puberdade ou na adolescência. E, depois, conhecer essas crianças, escutá-las e saber o que elas vivem, e ver o drama da família e amigos, putz, isso muda qualquer conceito tolo que se possa ter em relação à questão da transexualidade

O objetivo do documentário é justamente esse: fazer com que o mundo saiba da existência desses casos para que a desinformação e o preconceito diminuam. Os cientistas afirmam que o transtorno de identidade de gênero é um tipo de desentendimento entre mente e corpo que surge ainda no útero, durante a formação do feto, e que se manifestará no comportamento em algum momento após o surgimento da noção do eu. Certamente crianças transexuais devem ter existido sempre mas, por ser algo raro e constrangedor, os casos eram abafados. Putz, que espécie louca, a humana. O que ainda haverá para descobrir sobre nós?

Felizmente hoje o problema já é estudado e debatido por cientistas, psicólogos e educadores e existem grupos de apoio às crianças e suas famílias. Atualmente há tratamentos hormonais que modificam o corpo e em alguns casos há cirurgias eficazes para troca de sexo. Porém, até que essas crianças cresçam, façam o tratamento e consigam conviver melhor com o problema, muito sofrimento e preconceito e violência precisarão ser vividos, por elas e por suas famílias.

Um estudo da Universidade de São Francisco mostra que em crianças transexuais rejeitadas pela família, são quatro vezes maior as chances de suicídio e abuso de drogas. E duas vezes maior o risco de contrair HIV. É aqui que mora a questão principal desse problema: o apoio a essas crianças. Não será fácil lidar com um filho que na verdade se sente uma filha. Não será fácil ver sua filha vestir-se e comportar-se como o homem que ela se sente. Mas bem pior é ter que encarar todos os dias o sofrimento nos olhos de uma criança que, apesar da idade, sente que está condenada à infelicidade pelo resto de sua vida. Se isso acontecesse em sua família, você apoiaria seu filho? Rejeitaria sua filha?

Não há pior sofrimento que não podermos ser quem de fato somos. Viver uma vida falsa é mais que uma prisão, é um pesadelo, é uma tortura diária. Talvez seja isso mesmo o mais importante de tudo: a liberdade de sermos quem realmente somos. Infelizmente a Natureza escolhe algumas pessoas e as obriga a viver o drama da transgeneridade. Isso parece uma crueldade sem sentido mas fica ainda mais sem sentido quando é uma criança que sofre esse drama. Vê-las tão novinhas perguntando a seus pais por que a vida fez isso com elas é de partir o coração e infelizmente não há resposta para esta pergunta.

Há, porém, o amor e a solidariedade. Há o respeito ao diferente. Não resolverá o problema, claro, mas é o que podemos oferecer, nós que fomos poupados de tal sofrimento.

Veja o documentário My Secret Self Saiba mais sobre transexualidade http://blogdokelmer.wordpress.com/2009/04/27/as-criancas-transexuais

Ricardo Kelmer é escritor, roteirista e palestrante e mora em São Paulo. Site pessoal: Blog do Kelmer - Um escritor em liberdade incondicional, blogdokelmer.wordpress.com