20/06/2011 | 16h19min                         
O Conselho Federal de Psicologia (CFP) aprovou no último sábado, dia  18, resolução que assegura a psicólogos transexuais e travestis de todo o País o direito de uso do nome social em documentos profissionais, como  relatórios e pareceres, e na carteira de identidade profissional.
De acordo com o presidente do CFP, Humberto Cota Verona, a resolução  foi motivada por pedidos de psicólogos travestis ou transexuais  originários de, pelo menos, três Estados brasileiros - alguns deles,  como tiveram as solicitações negadas nos conselhos regionais, apelaram à representação federal. 
Aprovada em plenário, a resolução vai ser publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União e passa a valer de forma imediata. Para  consumar a mudança, o psicólogo vai necessitar elaborar uma solicitação  por escrito ao conselho regional. 
"É um direito do profissional ter uma identidade de gênero diferente  daquela que está no registro civil. A resolução é um reconhecimento  deste direito", afirma Humberto Verona. 
Por uma questão legal, o nome social do psicólogo tem de ser  acompanhado do nome de registro civil e do número de registro  profissional, já que a carteira de classe vale como documento de  identidade e o conselho profissional não tem o poder de alterar  registros civis. "Mas esta resolução vai permitir que o psicólogo  transexual ou travesti assine documentos dando destaque ao nome social,  na primeira linha", diz o presidente do CFP.
No ano passado, tanto a Prefeitura de São Paulo como o governo  paulista aprovaram decretos que permitiram aos servidores públicos  transexuais e travestis usarem o nome social no trabalho, inclusive no  crachá de identificação. Segundo Verona, o conselho de psicologia é uma  das primeiras entidades de classe a reconhecer tal direito. 
"É uma decisão que pode ser inédita. Não conheço outro conselho de classe que tem reconhecido esse direito", diz.
Agência Estado 
 
