domingo, 17 de agosto de 2008

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O.K., você é transexual, e aqui pode ser homem ou mulher, mas fato é que existem trans que exageram na dose.

Não é porque você é transexual que tudo pode, que merece cota em faculdade, que pode se usar do rótulo de “alternativo” pra falar o que quiser e ter o comportamento que quiser.

Só falta querer sentar na frente no ônibus só porque “eu sou transexual, mas também sou pessoa humana, com sentimentos.”

Menos um pouco.

Ninguém gosta de ser lembrado das suas diferenças até que descobre, que pode, de alguma forma, tirar vantagem delas.

Nem todo olhar estranho é para você, nem todo comentário de canto de boca é um insulto, ninguém é obrigado a aturar os desvarios alheios, seja você transexual ou uma ameba.

Eu sei que cada um tem um jeito de ser, mas muitos se protegem nesse pseudo exagero, fugindo das suas próprias fragilidades e inadequações.

Por que demonstrar uma sexualidade exacerbada, e às vezes, ofensiva, só porque os outros acham que você está fora da sexualidade dita "sadia"?

"Ah já que tá, vou enfiar o pé na jaca." Enfia então, mas não reclama depois porque pra toda ação existe uma reação proporcional. Assuma a responsabilidade pelos seus atos e atitudes.

Isso só corrobora o que o popular acha: transexual é tudo doente, maluco, sem vergonha, sem Deus no coração.

Você pode tudo o que quiser, mas vivendo em sociedade, é aconselhável fazer uso de bom senso e de certas regras, vamos dizer assim, de convivência.

Um homem caricato é suspeito, assim como uma mulher caricata levanta suspeita de que atrás da extravagância, exista algo a mais.

Pode parecer clichê, mas para se exigir respeito alheio, é imperativo primeiro se dar ao respeito. Usufruir da liberdade a que todos nós temos direito, demanda também uma dose de disciplina, além de ser preciso separar liberdade de libertinagem e abuso.

Orgulhe-se de ser quem você é, levantes bandeiras ou somente apóie seu irmão ou irmã, mas saiba antes de tudo que diferenças todos temos em algum momento da vida, e que comportamentos absurdos e forçados não ajudam nem a você nem a ninguém, mas afastam e criam repulsa.

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