sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Pêlos por que tê-los? Ou não?!


Um dos “efeitos colaterais” mais desejados é o aparecimento dos pêlos sejam eles faciais ou corporais. Enquanto nossas irmãs mtfs fogem deles, nós corremos atrás deles, e ao menor vislumbre de um novo pêlo, principalmente no começo, é motivo de celebração.

É fato que assim como os seios, por exemplo, são vistos como um símbolo de feminilidade, os pêlos, principalmente os faciais, parecem ser socialmente identificados como a forma mais evidente de masculinidade, ainda que hoje em dia uma parte dos homens opte por um visual mais minimalista e menos austero.

A quantidade de pêlos, onde eles irão aparecer, se alguém vai ser um gorila ou apenas ter pêlos esparsos, vai essencialmente da genética. Tomar mais hormônio buscando uma identidade cabeluda não vai influenciar em nada, e pode até atrapalhar.

Isso, porém, não deve ser motivo de angústia, de menos valia ou de se achar menos homem por ter menos pêlo que outra pessoa.

É muito comum que antes do hormônio crie-se o hábito de raspar os pêlos ou penugem que exista, na expectativa de que eles engrossem; e mesmo depois, quando eles começam a aumentar. Mas é importante alertar que essa prática de maneira contínua e obsessiva pode ferir a pele levando a infecções sérias que podem, inclusive, necessitar de antibióticos orais que só deverão ser prescritos por um dermatologista.

Não há também nada que comprove que os pêlos de fato aumentem quando são raspados com freqüência. Pode ocorrer um engrossamento do pêlo que já existia, mas efetivamente “criar” mais pêlos só pelo fato de passar a lâmina no rosto, ou em outra parte do corpo, não.

Fazer a barba, como já foi postado aqui anteriormente, exige igual cuidado para evitar problemas de pele, da mesma forma que quem se barbeia sem ter pelo algum. Dar atenção ao que pode parecer bobeira, afinal é tão mais prático usar a lâmina de qualquer jeito, evita maiores aborrecimentos e mais idas a médicos.

Isso serve também para quem opta por raspar, ou depilar, os pelos das axilas, pernas, peito, costas e afins. A pele precisa ser igualmente bem tratada para evitar pelos incravados, inflamações e infecções posteriores.

Da mesma forma é válido reforçar que ter calvície ou não, também é resultado da propensão genética a ter ou não calvície. Não existe fórmula mágica para evitá-la, exceto, como já foi apresentado em postagens anteriores, recorrer a tratamento médico para minorar os efeitos já evidentes.

Fora o fator genético, é importante lembrar que cada organismo é peculiar, é responde de uma determinada forma a hormonioterapia. Existem situações padrão, mas a maneira como as modificações se apresentam em cada indivíduo é única, não podendo, portanto, termos um ou dois indivíduos como parâmetro para a maioria.

No final do dia uma coisa é certa: ter mais pêlos ou menos pêlos não é sinal de maior ou menor masculinidade, e sim uma resposta do organismo a uma predisposição genética. E que para uma resposta efetiva do corpo ao hormônio é preciso também, além de genética, cuidar desse corpo e da saúde de forma integral, visando sempre um bem estar maior.

E além, optar por mantê-los ou depilá-los, seja no rosto, nas axilas, nas pernas, é uma questão individual de gosto e estética tão somente, não significando que alguém tenha dúvidas sobre quem é ou sobre a sua orientação sexual.

Afinal como se diz “Mens sana in corpore sano”, ou seja, mente sã em corpo são, significando tão somente que há uma ligação natural entre mente e corpo, e que um reage ao outro, demonstrando a necessidade, independente da situação, de se cuidar não só da mente mas do corpo também, buscando sempre o equilíbrio entre mente e corpo para uma vivência mais plena e integrada.

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