segunda-feira, 28 de abril de 2008

Oh Meretíssimo, escutai vossa súplica...


Eu sou um homem. Não me recordo agora qual filósofo que disse que o ser é, ele não foi nem será, ele é. E isso define a situação. Eu sou um homem.

O que pleiteio não é esmola, é o que é meu por direito; o direito a dignidade, a ser um cidadão e ser humano pleno. Direito esse que me é assegurado pela Constituição que sabemos ser supra lex, logo não existe impossibilidade jurídica.

Sabemos que quando se fala de transexualidade muitas pessoas reduzem o fator sexo a questão genital, que é sim importante, mas reduzir um ser humano qualquer a meros genitais é reduzi-lo ao primitivo, não levando em consideração a complexidade de todo e qualquer ser humano, e o que implica em ser homem ou mulher.

É fato que todos temos idéias, convicções a respeito de diversos assuntos porém é preciso cuidado porque é muito fácil tomarmos convicções por verdades absolutas sendo que não existe tal coisa. A verdade é relativa e possui nuances, matizes que devem ser levados em conta. Não necessariamente aceitos nem entendidos, mas respeitados.

E isso nos leva de volta ao princípio fundamental da dignidade humana. Um ser humano que tem a sua dignidade negada, é um indivíduo sendo desrespeitado no seu mais básico direito.

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